Este blog, criado em janeiro de 2007, é dedicado à minha filha Flavia e sua luta pela vida. Flavia vive em coma vigil desde que, em 06 de janeiro de 1998, aos 10 anos de idade, teve seus cabelos sugados pelo sistema de sucção da piscina do prédio onde morávamos em Moema - São Paulo. O objetivo deste blog é alertar para o perigo existente nos ralos de piscinas e ser um meio de luta constante e incansável por uma Lei Federal a fim de tornar mais seguras as piscinas do Brasil.

Sucção em piscina. Acidente Grave. Menina de 9 anos

- 23 de outubro de 2023

Foto ilustrativa: Divulgação/Alep
Criança foi resgatada de helicóptero pelo Samu — Foto: Reprodução/Samu

De novo continua acontecendo. De novo aconteceu. Este acidente ocorrido no sábado passado, dia 21.10, foi no estado do Paraná.


"Uma menina de 9 anos de idade se afogou na tarde de sábado (21) em Doutor Camargo, norte do estado, depois que o cabelo dela ficou preso no sugador de uma piscina.

De acordo com o Samu, ela ficou cerca de 10 minutos submersa, quando foi resgatada por familiares. O estado dela é considerado grave.

O Samu informou que a garota estava em uma chácara com outros parentes. Ela mergulhou na piscina, que tem 1,5 metro de profundidade, mas não voltou, o que causou desconfiança na família.

De acordo com os socorristas, a sucção do equipamento era muito forte, dificultando a retirada da menina da piscina.

Ela foi resgatada pelo helicóptero do Samu, que pousou em uma propriedade ao lado da chácara.

A vítima foi encaminhada ao hospital intubada."

Texto  em azul copiado na íntegra. Fonte G1

Texto em Vermelho  copiado  na íntegra de  Tribuna do Paraná

"Uma criança de nove anos foi resgatada em estado grave após se afogar na piscina de uma chácara em Doutor Camargo, no Norte do Paraná, na tarde de sábado (21), depois de prender o cabelo no sugador" 

É lamentável que mesmo depois da existência da Lei Federal para Segurança piscina. -  Lei 14.327/22 - ainda tenhamos locais, que pelo visto, não têm instalados os indispensáveis dispositivos para tornar as piscinas seguras. Bastaria essa providência para que o acidente com essa criança pudesse ter sido evitado. Ou seja, os acidentes só ocorrem quando a piscina não segue a orientação legal.


Fico muito comovida com todos esses acidentes de afogamentos em piscinas que vitimam crianças pelo Brasil e pelo mundo afora. Este em especial, porque foi muito parecido com o acidente que deixou, há quase 26 anos,  minha filha Flavia vivendo em coma vigil irreversível. Espero que essa criança de agora tenha mais sorte que Flavia e que se recupere. 


Meu solidário e carinhoso abraço para os pais, cujo sofrimento e aflição eu sei bem como é.


Segurança nas piscinas.  Esta é uma causa de todos nós.

Sistemas de segurança em piscinas. Não basta instalar, há que haver manutenção

- 9 de agosto de 2023


Tão importante quanto instalar dispositivos de segurança nas piscinas é fazer a manutenção periódica desses dispositivos, a fim de evitar que o desgaste natural do tempo tornem esses dispositivos obsoletos.

Algumas piscinas onde os dispositivos de segurança para evitar acidentes estão instalados, não fazem a necessária manutenção periódica para que esses dispositivos não percam a sua eficácia.

É importante cobrar dos locais que suas piscinas não só tenham os dispositivos instalados -no mínimo portão auto-travante e tampa anti aprisionamento, que tenham também sua manutenção feita, de preferência a cada seis meses, mas no mínimo uma vez ao ano.

Sem essa manutenção, os dispositivos podem se deteriorar e perder sua eficácia, o que poderia vir a ocasionar acidentes graves ou fatais, sejam por crianças pequenas ultrapassando o portão da piscina e caindo na água, seja por crianças maiores que poderão sofrer a sucção pelo ralo. Esse é um trabalho que deve ser feito por empresas especializadas.

É importante notar que a Lei Federal de Segurança em Piscinas 14327/22 em vigor desde 2022, poderá responsabilizar civil e criminalmente os responsáveis pelo  local, por acidentes que venham acontecer nas piscinas que não tenham os dispositivos de segurança instalados ou que os tenha, mas que estejam sem a indispensável manutenção.

E você, sabe se  foram instalados  os dispositivos de segurança das piscinas onde suas crianças nadam e em caso positivo, se  estão com a manutenção em dia?  Deixe aqui seu comentário.

Cuidar de Pessoas e Música

- 13 de junho de 2023

MÚSICA e sua importância para pessoas em coma ou estado mínimo de consciência.

Desde que minha filha entrou em coma, busquei incansavelmente formas de estimular sua mente, na esperança quase insana de trazê-la de volta à sua vida normal. Uma criança que até seus 10 anos era saudável, alegre e feliz. Depois do acidente ocorrido com ela, intuitivamente, eu lia para Flavia (continuo a ler) Intuitivamente eu falava com Flavia (continuo a falar) para proporcionar a ela estímulos auditivos amorosos. Além disso, a música sempre fez parte de sua rotina diária. Flavia tocava teclado e dançava.

Minha atitude se mostrou correta. No ano de 2010, não me lembro como, fui colocada em contato com a Dra.Eliseth Ribeiro Leão, organizadora do livro cuja foto ilustra este post, livro este escrito por uma talentosa equipe multidisciplinar, entre elas a própria Dra.Eliseth que é graduada em Letras e Enfermagem, fez mestrado e doutorado pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, onde a conheci pessoalmente. E essas são apenas algumas de suas qualificações. O livro, autografado, foi um presente que ganhei de Dra.Eliseth. Neste livro fica-se sabendo dos efeitos benéficos da música no que se refere à qualidade de vida de pessoas enfermas e o Capitulo 11, trata da influência da música e da voz humana em pessoas em estado de coma.

Cuidar de Pessoas e Música é um livro maravilhoso que me ensinou muito e reforçou que estou certa quando continuo dando à Flavia o estimulo amoroso de minha voz assim como de músicas que vão de Sandy, a Chico Buarque, Caetano Veloso, Rita Lee... Flavia também ouve Mozart, Beethoven, Chet Baker... Obviamente tudo deve ser feito com a devida moderação para que não ocorram excessos, já que o silêncio também por vezes é necessário para o descanso da mente.

Obs: Publiquei esse mesmo post no Facebook de Flavia, mas publico aqui de novo para o caso de alguém  entre os que  nos seguem não ter lido lá.

Facebook de Flavia: @Flavia.piscinasegura


Higiene bucal em pessoas em coma vigil ou estado mínimo de consciência

- 7 de junho de 2023

 Flavia sendo atendida em casa pelas dentistas Dra.Selma Toschi e Dra.Lais Liarte

A Higiene bucal de pessoas em coma vígil ou estado mínimo de consciência, como é o caso de Flavia, necessita de cuidados diários intensos e de supervisão odontológica por profissionais preparados para atender clientes com necessidades especiais.

Mesmo sem se alimentar por boca, como também é o caso de Flavia, a pessoa em coma precisa passar por uma rotina diária de cuidados bucais, que são cuidados determinantes para que as gengivas permaneçam saudáveis e os dentes sem cárie.

Higienizar a boca de pessoas em estado mínimo de consciência não é tarefa fácil, mas também não é algo impossível. Com pratica, boa vontade e amor, a gente consegue. Aqui em casa, faço um treinamento intenso com as cuidadoras e exerço supervisão constante. Graças a isto, Flavia se mantém, aos 35 anos, com a higiene bucal em ordem.

Ontem, dia 06/06, Flavia recebeu a visita das dentistas Dra. Selma Toschi e Dra. Lais Liarte, da Clinica @curaorale. Dra. Selma e Dra. Lais são especialistas em cuidar de pacientes com necessidades especiais. Além de excelentes profissionais, elas são também muito gentis.

É isso que diferencia um profissional do outro. A gentileza no trato com as pessoas e amor ao trabalho que realizam. Meus agradecimentos às Dras.Selma e Lais pela forma cuidadosa e gentil com que ontem, atenderam Flavia.


Piscinas: Cerca de proteção e portão auto travante, salvam vidas

- 8 de maio de 2023

Piscina com cerca de proteção e portão auto travante

Imagens obtidas do site da empresa Sodramar onde podem ser encontradas orientações sobre como tornar mais segura a piscina onde sua criança nada ou brinca.

Criança morre afogada em piscina ...
Data: 01/05/2022 - Local: Cidade de Extremoz RN
Fonte: Ponta Negra News


Menina de dois anos morre afogada ...
Data: 02/05/2023 Local: Cuiabá, MT
Uma menina de dois anos morre afogada em piscina de uma chácara, durante uma confraternização da familia.
Fonte: O documento


Menina de 3 anos morre afogada na piscina de um clube...
Data: Local: Cidade de Três Rios, litoral Norte - Bahia
Fonte: Camaçari Noticas


Menino de 5 anos morre afogado em piscina de condomínio
Data: 06/05/2023 Local: São José do Rio Preto - SP
Fonte:G1 (clique para ler a matéria completa)

"Um menino de 5 anos morreu afogado na noite desta sexta-feira (5) na piscina de um condomínio localizado na zona leste de Rio Preto. De acordo com informações do portal DHoje Interior, o menino comemorava o próprio aniversário e o da mãe, no salão de eventos do condomínio.Durante a festa, a criança ​escorregou e caiu na piscina​. A dona de casa não percebeu o incidente e encontrou o menino dentro da piscina cerca de 15 minutos depois....."

.....

Acima, alguns dos acidentes de afogamentos em piscinas, ocorridos já nesta primeira quinzena do mês de maio. E outros infelizmente existem, mas não foram publicados ou não dei conta de aqui publicar.

Os acidentes mencionados neste post poderiam ter sido evitados se as piscinas onde as crianças foram vitimadas, tivessem instalados a cerca de proteção e o portão auto travante. Esses dois simples dispositivos de segurança, acreditem, salvam vidas.

O   que ocorre é que apesar da lei da segurança nas piscinas existir há mais de um ano,  - Lei 14.327/22 a maioria das piscinas do Brasil não têm os dispositivos de segurança na lei mencionados. A norma de segurança em piscinas de numero 10.339/18,  da ABNT também menciona quais os dispositivos de segurança que devem ser instalados na piscina para evitar acidentes.

Infelizmente, falta informação e conscientização das pessoas para os os riscos de afogamento em piscinas e como evitá-los. E em assim sendo, as crianças seguem sendo vítimas desse tipo de acidente que  quase sempre é fatal. 


O que fazer com a dor que nos coube viver?

- 21 de abril de 2023

 

Este post não tem a pretensão de dizer como cada um de nós tem que lidar com uma grande dor, porque isso é individual, porque somos únicos e cada um de nós lida com a dor de maneira singular, como sabe, como pode, como seu estado emocional lhe permite.

Uma das maiores dores que um ser humano pode sofrer é a dor da perda de um filho, seja por morte, seja por um acidente grave que tirou desse filho ou filha a oportunidade de viver uma vida plena.

Com minha filha Flavia, foi assim que aconteceu. Uma perda parcial e devastadora. Flavia aos 10 anos, teve os cabelos sugados pelo ralo da piscina onde nadava, se afogou e desde então passou a viver em estado mínimo de consciência ou coma vígil. Isso faz 25 anos.

Lido com a dor dessa perda como posso. Uma coisa eu aprendi . A dor alheia a longo prazo é insuportável para o outro. Por exemplo, eu me lembro de dois anos depois do acidente que vitimou minha filha, ver conhecidos, ao me ver na rua, mudar de calçada por não saber mais o que me dizer para me consolar por ter minha filha vivendo em coma. E a pessoa que mudou de calçada fez isso, não porque era uma pessoa má, mas porque minha dor lhe era insuportável.

Filhos e perdas. Essa dor nos marca, nos massacra fica aqui, dentro da gente, dia e noite, noite e dia. É uma companhia indesejada e constante. O que faço com ela?! Como não me transformar eu própria numa dor ambulante?! A luta na qual me empenhei para que existisse no Brasil uma Lei Federal por segurança nas Piscinas, foi uma das formas que encontrei para dar algum sentido à dor pela tragédia ocorrida com Flavia. A Lei de segurança nas piscinas do Brasil passou a existir desde Abril de 2022. É a Lei 14.327/22. Informe-se sobre essa Lei. Ela salva vidas!

Cabelos sugados por ralo de piscinas. Em meninos também

- 7 de março de 2023

      Tampa antiaprisionamento que evita a sucção dos ralos 


Dia 05 de Março de 2023, domingo, um menino sofreu um grave acidente porque teve os cabelos sugados pelo ralo da piscina onde nadava. O acidente aconteceu em Montes Claros, Minas Gerais, em um clube. A piscina foi interditada.


A criança foi socorrida e levada ao um Hospital, onde foi internada, respirando por aparelhos.


Infelizmente, mesmo com a existência da Lei de segurança nas Piscinas, em vigor em todo o Brasil desde abril de 2022,  (Lei 14.327/22) os acidentes de afogamentos causados pela sucção dos ralos, seguem acontecendo embora  nem todos sejam divulgados.


Alguns podem pensar que a sucção de cabelos ocorre só com meninas, mas não é assim. Meninos também podem ser vitimas. E vale lembrar que a sucção dos ralos de piscinas, podem  sugar não só cabelos, mas qualquer parte do corpo de uma criança. Fiquem atentos.


A notícia completa  deste acidente pode ser lida no site do  G1





Flavia, o que aprender com seu silêncio

- 6 de janeiro de 2023

 Flavia, aos 10 anos de idade, dois meses antes do acidente que a deixaria para sempre em coma.
 Hoje Flavia tem 35 anos.

06 de Janeiro de 1998. Há exatos 25 anos minha filha Flavia sofria um acidente que mudaria nossas vidas para sempre. Aqueles que acompanham nossa história sabem. Flavia tinha 10 anos e se afogou porque ao nadar e brincar na piscina do prédio onde morávamos, teve os cabelos sugados pelo ralo da piscina, passando dede então a viver em coma vigil ou estado mínimo de consciência.

Ao longo desses 5 anos, tenho cuidado de Flavia com todo o amor que cabe em meu coração e talvez por causa desse cuidado Flavia continua entre nós. Ela é linda, tem os cabelos brilhantes e a pele íntegra. A saúde bucal dela também é muito boa, e isso certamente é o resultado da excelência com que Flavia é cuidada. Uma equipe multidisciplinar me ajuda a cuidar de Flavia. Médicos, fisioterapeutas, auxiliares e técnicas de enfermagens, mas estou à frente, sempre na coordenação e supervisão de todos os detalhes.  Para mim amar é cuidar, por isso sigo cuidando de minha menina. Até quando? Até quando tiver que ser.

Há questões nesta vida para as quais nunca conseguiremos respostas. Como explicar crianças, idosos e pessoas do bem terem a vida abruptamente interrompidas ou dilaceradas por sofrimentos infindáveis? Quem explica que minha menina de 10 anos, linda e saudável, tenha que passar a viver em estado mínimo de consciência?! E a empatia que me faz colocar no lugar do outro, me leva à dor dos pais que perderam seus filhos neste mesmo tipo de acidente ocorrido com Flavia, ou num outro tipo de acidente, ou perderam seus filhos para uma doença. A perda de um filho (a) é dilacerante. Não se supera esta dor, adaptamo-nos a ela, aprende-se a com ela conviver. Para sobreviver. 

A vida é mesmo repleta de mistérios. Pergunto-me infinitas vezes o que mais posso aprender convivendo dia e noite com o silêncio de Flavia. Como superar a saudade de sua voz?! 25 anos depois, ainda consigo me lembrar da voz de minha filha criança. Que a lembrança de sua voz permaneça em mim para sempre. Para sempre. Que eu possa usar o acidente ocorrido com Flavia como um alerta para evitar outras tragédias como a que nos ocorreu. Que a Lei Federal de Segurança nas Piscinas pela qual tanto lutei e finalmente  aprovada em 2022, seja aplicada em todas as piscinas existentes no Brasil a fim de evitar novos acidentes. Toda criança merece e tem o direito de nadar e brincar em um piscina segura.

Criança de três anos morre afogada em piscina em Cuiabá, MT

- 29 de novembro de 2022


Neste domingo dia 27.11, Joaquim Lara, de 3 anos de idade morreu afogado na piscina de um clube no bairro Alto da Serra I, em Cuiabá, Mato Grosso. A tragédia ocorreu durante uma festa. Joaquim foi encontrado pela mãe, boiando. Levado ao Hospital, a criança já chegou morta.

Desde que minha filha Flavia foi vítima de afogamento em piscina, passando então a viver em coma vigil, (ou estado mínimo de consciência) venho tentando, nos meus singelos espaços virtuais, alertar as pessoas para esse tipo de perigo, o afogamento de crianças em piscinas. Crianças maiores como ocorreu no caso de Flavia, podem ser vítimas da sucção dos ralos, já crianças menores, como no caso de Joaquim, podem, numa distração dos país ou adultos, cair na piscina e se afogar.

No caso de piscinas públicas, Clubes por exemplo, é preciso apurar responsabilidades. Havia salva vidas no local?

Para ler o artigo completo, clique no link abaixo.

Fonte: AQUI

Afogamentos em Piscinas - um perigo constante

- 18 de outubro de 2022

 

ESTADO DO MATO GROSSO: MENINA DE 11 ANOS SE AFOGA AO TER OS CABELOS SUGADOS PELO RALO DA PISCINA. A CRIANÇA FOI INTERNADA NA UTI.

Aconteceu por estes dias, na tarde de 5a. feira, 13 de outubro em Tangará da Serra, (MT).

Hoje temos a Lei Federal de Segurança de Piscinas, número 14327/22 - que mesmo com muita luta, demorou muito para ser aprovada lá em Brasília. Mas finalmente está aí, em vigor desde abril deste ano de 2022. Hoje temos a norma 10.339 da ABNT,  que trata da segurança em piscinas. atualizada e muito bem elaborada. 

PISCINAS e SEUS RISCOS: Lei de Segurança aprovada e norma da ABNT atualizada são uma bênção, mas de nada adiantam se as pessoas não forem conscientizadas do perigo que as piscinas exercem para a vida de seus usuários. De nada adiantam se proprietários e administradores de piscinas não as colocarem em prática.

Seria um serviço público de enorme grandeza se as mídias abraçassem essa causa: Campanhas de divulgação sobre como evitar os graves acidentes que a sucção dos ralos de piscinas pode causar.

Você pode ler o artigo completo de como ocorreu mais este acidente, aqui, no site do G1

Segurança em Piscina, esta é uma causa de todos nós.


Para Flavia e todas as crianças vítimas da sucção dos ralos de piscinas

- 28 de setembro de 2022

Homenagem que recebi no Jantar da ANAPP,  Associação Nacional das Empresas e Profissionais de Piscinas, evento realizado na EXPOLAZER em agosto de 2022. Eu, entre João Marques da Anapp e Augusto Araujo, Diretor da empresa Sodramar.

Nesse evento, fui gentilmente homenageada por meu trabalho em prol da Lei de Segurança nas Piscinas do Brasil, lei essa que só  depois de 15 anos de espera, sim, 15 anos! e de muito trabalho em equipe, foi finalmente aprovada pelos senhores lá de Brasilia, e colocada em vigor neste ano de 2022.
Foi uma longa espera. Eu e mais algumas pessoas comprometidas com a segurança das piscinas, escrevemos o texto que pensamos para a Lei, e levamos à Brasilia em 2011, (foto na lateral deste blog) quando o entregamos em mãos do Deputado Darcisio Perondi, então relator do projeto, conforme pode ser visto nesta reportagem do programa  FANTÁSTICO da TV Globo, de janeiro de 2014. De lá pra cá, enquanto em Brasília o projeto passava de mesa em mesa (ou de gaveta em gaveta)  muito tempo se passou e infelizmente, muitas crianças morreram vítima da sucção dos ralos das piscinas.

O que  sempre esperei -  e continuo a esperar, é que cada vez mais pessoas se conscientizem do perigo da sucção dos ralos de piscinas,  e busquem se informar sobre o assunto,  para evitar serem pegos de surpresa como ocorreu comigo, há quase 25 anos, quando minha filha Flavia sofreu esse acidente tão devastador que é o afogamento causado pela sucção dos ralos. 

A homenagem que recebi da Anapp, eu ofereço à Flavia que segue vivendo em coma, assim como a todas as crianças que vieram a óbito nesse mesmo tipo de acidente, crianças que tiveram a vida interrompida por um acidente previsível e evitável, tivessem as piscinas onde  nadavam, instalados os indispensáveis dispositivos de segurança que evitariam tais tragédias. Todo o meu amor para as famílias de Sofia Khoury, Luiza Santos, João Carlos, Santiago Martins, Mariana Oliveira, Naisla Loiola, Gabriel Postenaro, Rachel Rodrigues, Bernardo Giaconini, Matheus, Kauã....e tantos outros, e tantos outros...

A lista de óbitos causados por afogamentos em piscinas, é vasta. Informe-se, fique atento. Você pode ler  o texto da Lei Federal de Segurança nas Piscinas, em  Lei número.14.327 de 13 de Abril de 2022 ou, para informações mais detalhadas sobre segurança em piscinas, acesse a norma 10.339 de 2018, da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas.


Segurança nas Piscinas, esta é uma causa de todos nós.



Lei de Segurança nas Piscinas, um dos vetos foi derrubado

- 18 de julho de 2022

 

Neste 14 de Julho de 2022, foi publicado no Diário Oficial que o Congresso derrubou o veto do Presidente da República ao  artigo 2o da Lei de Segurança de Piscinas, passando então esse artigo a fazer parte da Lei. O artigo 2o diz:  

Art. 2º É obrigatório para todas as piscinas e similares, existentes e em construção ou fabricação no território nacional, o uso de dispositivos de segurança aptos a resguardar a integridade física e a saúde de seus usuários, especialmente contra o turbilhonamento, o enlace de cabelos e a sucção de partes do corpo humano.

O texto da Lei assim como os artigos vetados poderão ser lidos neste link:

Presidência da República

O texto inicial apresentado por mim e empresários do setor de piscinas, quando viajamos à Brasília, em 2011, foi, ao longo dos anos, se esvaziando até quase nada dele restar. O texto atual da Lei deixa de lado importantes itens de segurança para as piscinas. O artigo 2o vetado pelo Presidente e derrubado pelo Congresso, melhora um pouco a situação da Lei. 

Sugiro que proprietários e administradores de piscinas, além da Lei 14.327 de 2022, sigam a norma 10.339-2018  da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. O texto da norma da ABNT para segurança nas piscinas, não foi escrito por políticos  que nada entendem  de segurança de piscinas, foi escrito por técnicos, engenheiros e empresários do setor de piscinas, estes sim, profundos conhecedores de todos os dispositivos que tornam as piscinas seguras, evitando acidentes fatais ou graves com sequelas irreversíveis como ocorreu com minha filha Flavia, há mais de 24 anos vivendo em coma, desde que teve seus cabelos sugados pela sucção da piscina onde nadada, quando tinha 10 anos de idade.

Segurança nas Piscinas, esta é uma causa de todos nós. 






Lei de segurança nas piscinas sofre vetos de Bolsonaro

- 2 de maio de 2022

 

"O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a Lei 14.327, que define requisitos mínimos de segurança para a fabricação, construção, instalação e funcionamento de piscinas ou similares e determina responsabilidades em caso de descumprimento. A norma foi publicada na edição do Diário Oficial da União da última quinta-feira (14).

.......
Vetos

Entre os dispositivos vetados pelo presidente, está o que torna obrigatória a instalação de dispositivo, visível e bem sinalizado, para evitar o turbilhonamento, enlace ou sucção de cabelos ou membros do corpo pelo ralo. Além disso, foi vetado artigo que obriga a instalação de um equipamento manual que permita a interrupção imediata de sistemas automáticos para a recirculação de água em piscinas. Esse mecanismo, segundo o texto aprovado pelo Congresso, deveria ser de livre acesso para o caso de emergências."

O texto completo pode ser lido no link abaixo


Fonte: Foto e texto Agência Senado

É lamentável que depois de 15 anos de luta por uma lei que torne mais seguras as piscinas do Brasil, ainda tenhamos que ver vetados, importantes partes como por exemplo os artigos 2 e 4 da Lei 14.327.( ao todo foram vetados CINCO artigos)

Art.2 - É obrigatório para todas as piscinas e similares, existentes e em construção ou fabricação no território nacional, o uso de dispositivos de segurança aptos a resguardar a integridade física e a saúde de seus usuários, especialmente contra o turbilhonamento, o enlace de cabelos e a sucção de partes do corpo humano.

Art.4 - Salvo nos casos excepcionados em regulamento, as piscinas e similares deverão ser isolados em relação à área de trânsito dos expectadores e banhistas, seu entorno deverá ser revestido com piso e borda antiderrapante, e seu recinto deverá ser visível a partir do exterior.

Precisamos nos solidarizar com todas as pessoas que tiveram a vida devastada por tragédias de afogamentos de suas crianças em piscinas sem os imprescindíveis dispositivos de segurança que evitariam tais tragédias. Precisamos suspender o veto de Bolsonaro de pelo menos esses dois artis, 2 e 4.

Eu que tenho uma filha vivendo em coma há mais de 24 anos, por ter se afogado após seus cabelos terem sido sugados pela sucção da piscina onde Flavia alegremente brincava, peço que nos engajemos para que possamos conseguir a suspensão do veto do Presidente aos artigos 2 e 4 da Lei 14.327. Certamente a inclusão desses dois artigos evitarão a morte de muitas crianças em nosso pais.

Segurança nas Piscinas, esta é uma causa de todos nós.







Segurança nas Piscinas - Câmara aprova projeto de Lei, 15 anos depois

- 28 de março de 2022

 PL 1162/2007 de autoria do Deputado Mario Heringer, (PDT - MG) foi APROVADO pela Câmara dos Deputados, na última terca-feira, 22 de março, 15 anos depois de sua apresentação em Brasília. Você leu certo, 15 anos depois. De lá pra cá, muitas crianças foram sugadas pela sucção dos ralos das piscinas. A maior parte, foi a óbito. Esses acidentes graves e fatais ocorreram e continuam a ocorrer por todo o Brasil.

No ano de 2011, eu e alguns empresários do setor de piscina, estivemos em Brasília, conversando com o então relator do projeto, Dep. Darcisio Perondi, que nos garantiu que ano seguinte o projeto seria aprovado. Perondi, eu e outros pais de vítimas até fomos entrevistados pela jornalista Sonia Bridi, no programa fantástico de janeiro de 2014. Veja aqui.

Em 2014, eu e os mesmos empresários estivemos reunidos no Rio de Janeiro para de novo tratar de segurança nas piscinas. Tem sido uma luta constante de algumas pessoas realmente interessadas em evitar que as piscinas, um lugar de lazer se transformem em armadilhas submersas, vitimando principalmente crianças. 

Além das pessoas das fotos, muitas outras também trabalharam no texto desse  projeto de Segurança nas Piscinas, por exemplo,  Lawrence Doherty, (citado nas fotos abaixo) Nilson Maiera, autor do Livro Piscina Litro a Litro  e Kaumer Rodrigues,  antes executivo da ANAPP , Associação Nacional das Empresas e Profissionais de Piscinas e Executivo da Revista Piscinas e Afins. Infelizmente o senhor Kaumer já faleceu.  O meu respeito, gratidão e admiração por todos eles.

Vamos aguardar agora que o Presidente Jair Bolsonaro sancione a Lei que, se seguida à risca salvará muitas vidas e evitará tragédias como a que ocorreu com minha filha Flavia, em janeiro de 1998.

Ao final das fotos neste post, está o link para a leitura completa do texto sobre a aprovação do Projeto PL-1162/2007, publicado no site da Câmara dos Deputados.

Brasilia 2011 - Da esquerda para a direita: Lawrence Doherty - Perito americano em segurança de piscinas, Augusto Araújo, Diretor da empresa de Piscinas Sodramar, Dep.Darcisio Perondi, (à época, relator do projeto) Prof. Antonio Santos - Chefe do Depto. Piscina + Segura da Sobrasa, Odele Souza, (mãe de Flavia, em coma vigil há mais de 24 anos, depois de ter tido os cabelos sugados por um ralo de piscina, Frederico Borges (sentado, em frente a mim)- Chefe de Gabinete do Dep.Darcisio Perondi.

Brasilia 2011 - Deputado Darcisio Perondi, Odele Souza, Lawrence Doherty (já qualificados na foto acima)
Rio 2014 - David Szpilman - Diretor médico e fundados da Sobrasa,Sociedade Brasileira  de Salvamento Aquático, Augusto Araújo, Lawrence Doherty, Antonio Santos, Odele Souza, e Marcio Morato, Diretor da Sobrasa.

Rio 2014 - Marcio Morato, Augusto Araujo, David Szpilman, Antônio Santos, Lawrence Doherty e  Odele Souza

Câmara aprova mudanças do Senado a projeto sobre segurança em piscinas - Notícias - Portal da Câmara dos Deputados (camara.leg.br)


Um abraço a todos.

Segurança nas Piscinas, esta é uma causa de todos nós.

Menino de 8 anos, tem braço sugado por ralo de piscina em Goiânia

- 1 de fevereiro de 2022

 

HUGOL - Hospital de Urgências Governador Otavio Lage de Siqueira

No Radison Hotel, em  Anápolis, a 60 km de Goiânia no  último dia 30.01, domingo à tarde, um garoto de 8 anos sofreu afogamento, porque teve o braço sugado pelo ralo da piscina onde brincava. Foi retirado da água e levado ao UPA  - Unidade de Pronto Atendimento pediátrica do município, mas devido a gravidade do caso, a criança foi transferida para   Hospital  mostrado na foto deste post, onde ficou internado. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o menino, ao ser retirado da água,  apresentava cianose (pele azulada) no antebraço e algumas escoriações, devido à força que fizeram para soltá-lo da sucção. Até a leitura do artigo divulgando este acidente, não se tinha notícia do estado atual da criança.

Causa-me perplexidade o fato de tantos anos depois - 24 anos - do acidente causado pela sucção de um ralo de piscina que deixou Flavia vivendo em estado mínimo de consciência, que a sucção dos ralos de piscinas, sigam afogando crianças, sendo que a imensa maioria, morre em decorrência desse afogamento.

Causa-me perplexidade, que assunto de tamanho interesse público, a mortalidade de crianças pela sucção dos ralos de piscinas, não desperte nas autoridades, a vontade de prevenir ou evitar esse tipo de acidente. Fossem as piscinas obrigadas a seguir a norma 10.339-2018 da ABNT  - Associação Brasileira de Normas Técnicas -  não teríamos esse alarmante numero de acidentes graves e/ou fatais, causados pela sucção dos ralos das piscinas. São acidentes que poderiam ter sido evitados. Para resolver essa questão, falta boa vontade, falta atitude. Os acidentes com ralos de piscinas são tragédias anunciadas.

Para quem quiser ler a matéria completa,  o link é . Este

Bom mês de fevereiro para todos nós.


Criança de 10 anos tem cabelos sugados na piscina de casa e morre.

- 11 de novembro de 2021

                       

                                     Laise, 10 anos, mais uma vítima da sucção dos ralos de piscinas.


"Uma criança de 10 anos faleceu por afogamento após ter os cabelos sugados pelo sistema de drenagem da piscina de casa, em Faxinal do Guedes, no Oeste de Santa Catarina. O acidente aconteceu na noite desta terça-feira. Laíse Pegorini Franzen foi levada ao Hospital Municipal São Cristóvão já apresentando poucos sinais vitais, tentou ser reanimada, mas morreu instantes depois.

A Polícia Civil investiga o caso. Um Boletim de Ocorrência foi registrado, por volta das 21h30, na rua 13 de Maio. A Polícia Militar, em relatório, tratou o caso como morte acidental.

Laíse foi velada na manhã desta quarta-feira (10) na Capela Mortuária de Faxinal dos Guedes e enterrada às 15h no Cemitério Municipal de Xanxerê. Laíse morava com os pais e mais dois irmãos em uma casa no bairro São Cristóvão.

O Grupo Escoteiro Muiraquitã, que Laíse participava, prestou as condolências em sua página do Facebook...."

Fico sempre muito triste quando leio uma noticia desta. E fico impressionada como mesmo com os vários acidentes que continuam a vitimar crianças pelo Brasil afora, ainda tem pessoas que desconhecem que piscinas podem ser armadilhas submersas. Como podemos mudar isso? Acredito que com campanhas de conscientização. É preciso divulgar que os dispositivos de segurança mencionados na norma 10.339-2018 da ABNT,  (Associação Brasileira de Normas Técnicas) podem tornar uma piscina segura e evitar tragédias como a que agora matou Laise, e há 23 anos, deixou Flavia vivendo em coma.

Nisso, acredito, a mídia tem  papel fundamental. Jornais, revistas e TV, poderiam abraçar essa campanha que poderia salvar muitas vidas.

Fonte: Extra. extra.globo.com

Flavia, há 23 anos, minha eterna criança

- 12 de outubro de 2021

                                                            
Hoje comemora-se o dia da criança e o que desejo é que todas as crianças do Brasil e do mundo possam viver em segurança. Que nenhuma armadilha os pegue enquanto vivem a sua infância. Que as piscinas do Brasil e do mundo deixem de ser armadilhas submersas. Que tenham mais segurança!

E desejo que o longo estado de coma de Flavia sirva para alertar pais e proprietários de piscinas para o perigo existente na sucção dos ralos que podem matar ou deixar uma pessoa viver para sempre em coma.

Feliz dia da criança para as suas crianças!

Com carinho e amor, Odele e Flavia


Piscinas - e os devastadores acidentes pela sucção dos ralos

- 3 de junho de 2021

                             

                                  Salma Bashir - em 2019, aos 16 anos
Foto: Telemundo  que copiou de Barcroft Media/The Grosby Group Spain

Quando Salma tinha 6 anos, teve os intestinos sugados pelo ralo da piscina de um hotel no Egito, onde passava férias com sua família. Salma sobreviveu, mas   vive presa a uma bolsa de colostomia,  que obviamente compromete em muito, a sua qualidade de vida.

A adolescente já fez um transplante, mas houve rejeição e hoje ela busca ajuda financeira nas redes sociais para conseguir recursos para mais uma tentativa de transplante.

Os acidentes causados pela sucção dos ralos de piscinas são  mesmo devastadores e quase sempre fatais, atingindo principalmente crianças que quando sobrevivem,  têm que conviver com as sequelas para o resto da vida, como a adolescente Salma que ficou sem intestinos e outros órgãos do corpo ou como minha filha Flavia, que  presa ao ralo pelos cabelos, se afogou e passou a viver desde então, janeiro de 1998 - em coma vigil, estado que segundo os médicos, é irreversível.

É preciso que proprietários  e administradores de  piscinas  tenham em mente que uma piscina, se não contar com os necessários dispositivos de segurança, podem oferecer grande risco aos seus usuários. Obviamente que os pais têm o dever de cuidar de seus filhos, mas os pais não têm como saber se a piscina onde seus filhos nadam está ou não funcionando dentro dos padrões de segurança. Já os proprietários e administradores dessas piscinas têm o dever, a obrigação de zelar pela segurança de suas piscinas, de modo a evitar tragédias que interrompem os sonhos e devastam vidas de crianças e suas famílias.

A norma 10.339-2018, da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, contém todas as informações para tornar as piscinas seguras. Se você for proprietário, consulte e aplique a norma. Se você for usuário apenas, exija do local onde a piscina está instalada que a mesma esteja funcionando de acordo com a norma mencionada.

Segurança nas piscinas, é uma causa de todos nós.

Para ler mais sobre o terrível acidente ocorrido com Salma, click:  AQUI



Maio de 2021 - Dia das mães em tempos de pandemia

- 9 de maio de 2021

 
Neste ano de 2021, vou pedir licença à Flavia para substituir a carta que após o acidente que a deixou vivendo em coma, passei a escrever para minha filha no dia das mães, na esperança louca de que através da palavra escrita eu pudesse viajar até os confins de sua mente e trazê-la de volta à consciência. Vinte e três anos depois filha, o que existe além da dor diária de ter você tão perto e tão longe, são perguntas para as quais nunca encontrei respostas, uma delas, sobre o que venha a ser o nebuloso, misterioso e cruel estado de coma.

Para aquecer meu coração, neste dia das mães, terei meus filhos comigo. Fernando, que vive no Estados Unidos, veio nos visitar e assim passaremos um domingo em família. Mas dia das mães, por infinitas razoes, acaba por ser um dia feliz para algumas, emotivos e saudosos para outras. E isso é ainda mais verdadeiro por causa da pandemia da Covid19, que mesmo após ter se passado mais de um ano, ainda assola nosso país. E sem vacinas suficientes para toda a população, vamos perdendo mais de 400 mil vidas. Triste e  revoltante.

Para todas as mães que perderam seus filhos para a Covid19, envio um abraço fraterno e carinhoso. Para os filhos que perderam suas mães, também

Vamos continuar nos cuidando. Os procedimentos são mais do que conhecidos. Distanciamento social, uso de máscara e higiene cuidadosa das mãos. E vacina sim!




2021 - Por mais piscinas seguras, por mais crianças saudáveis e sorridentes

- 7 de janeiro de 2021


Toda criança merece ostentar em seus rostinhos esses sorrisos, diante da alegria que sentem ao brincar em uma piscina. Que sejam seguras essas piscinas! É um direito da criança  Que esse direito seja respeitado. Por mais segurança nas piscinas, por mais sorrisos como estes.  Por mais tranquilidade dos pais.

Eu e Flavia desejamos a todos um FELIZ 2021.

Fisioterapia, indispensável em pessoas acamadas

- 9 de novembro de 2020

Já escrevi, tempos atrás, sobre a importância da Fisioterapia em pessoas acamadas ou com mobilidade reduzida.  Este é um tratamento de fundamental importância, para a qualidade de vida da pessoa sem mobilidade ou com mobilidade reduzida.

Desde o momento em que deu entrada no Hospital, em janeiro de 1998, Flavia faz fisioterapia diária, com exceção dos domingos.

Claro que nada substitui nosso caminhar, nosso erguer espontâneo de braços e pernas, mas a fisioterapia ajuda - e muito - a reduzir a perda da massa muscular, tão comum em pessoas acamadas.

E o que é possível fazer, a gente segue fazendo. Algumas vezes, é verdade, sinto uma imensa impotência com relação ao que ainda eu poderia fazer para melhorar a qualidade de vida de minha filha, melhorar sua condição em geral, a fim de diminuir seu sofrimento, principalmente causado pela espasticidade decorrente do dano cerebral sofrido no acidente de afogamento na piscina, em janeiro de 1998, passando Flavia desde então a viver em coma vigil. Quase 23 anos. Mas o amor de mãe, ao contrário do que eu pensava, não tem, como justo seria, super poderes.

Diante desta impotência, sigo fazendo o que me é possível fazer, usando, além da fisioterapia e atendimento multidisciplinar, um recurso disponível a todos nós. Amor. Por isso, sigo cuidando de Flavia, com todo o amor que cabe em meu coração. Qualquer que seja o caso, a situação, vamos praticar o amor. Sem moderação.

Um abraço carinhoso pra vocês.

PS. Nas fotos, os dois fisioterapeutas que atendem Flavia, há mais de 5 anos. Diego e Fábio, dois queridos.



Cuidados com ralos de fundo em piscinas residenciais

- 18 de junho de 2020
FOTO: SODRAMAR

Pessoas podem achar que acidentes com ralos de piscinas ocorram   mais em piscinas publicas, essas instaladas em  clubes, hotéis, parques aquáticos, etc. mas é importante notar que as piscinas residenciais também oferecem grande perigo para os usuários, desde que não possuam os imprescindíveis dispositivos de segurança, como por exemplo, portões auto travantes e tampas anti aprisionamento u drenos antiturbilhão.

Verdade que as piscinas púbicas por terem bombas mais potentes, têm sim, maior capacidade de sucção, o que, exige do local onde estejam instaladas, constante supervisão dos responsáveis pelo funcionamento dessas piscinas. 

É muito importante notar que as  piscinas residencias têm causado grande número de acidentes pelo Brasil afora,  por isso é preciso estar atentos à condição de segurança da piscina de sua casa ou de seu condomínio.

E como as pessoas ficam presas nas piscinas?

CABELOS:

Por exemplo, pelo cabelos (que foi o que causou o estado de coma de minha filha)
As meninas, por terem os cabelos mais compridos, são as maiores vítimas. Os cabelos das meninas acabam por se emaranhar às engrenagens do ralos e a criança não consegue se desvencilhar, causando seu afogamento com graves sequelas ou mesmo a morte.

No próximo post falarei de outras partes do corpo que podem ficar presa ao ralo da piscina, causando acidentes graves ou fatais.

Fiquem atentos.




Criança é sugada por bomba de piscina no feriadão de Carnaval

- 1 de março de 2020
"O feriado prolongado de Carnaval de uma família que reside no Agreste alagoano por pouco não termina em tragédia. Uma criança foi sugada pela pressão da água da bomba de uma piscina em uma casa na Praia do Miaí, no Litoral Sul de Alagoas.

De acordo com relatos que circulam nas redes sociais, a família alugou a casa para passar o feriado de Carnaval. Porém, o homem que fez a tratamento da água da piscina não desligou o equipamento da bomba que faz a filtragem da água.

A família também não percebeu que o equipamento estava ligado e a criançada pulou na piscina para se refrescar do calor escaldante.

Uma das crianças identificada como Tales Francisco, de 9 anos, ao pular na água foi sugado pela pressão da água e ficou com o corpo grudado entre a parede e o buraco por onde é realizada a filtragem da água da piscina.

Um dos adultos que estava na casa de praia percebeu que o menino estava sugado pelo equipamento, e rapidamente pulou na água e retirou a criança. Enquanto isso, outra pessoa desligou a bomba.

Tales Francisco foi encaminhado à Unidade de Emergência do Agreste (HEA) com hematomas no tórax. Ele recebeu atendimento médico e foi liberado." 

Texto copiado na íntegra do site  7Segundos

Nos acidentes por sucção dos ralos das piscinas, nem sempre a criança consegue escapar, nem sempre a tragédia pode ser evitada. No caso de minha filha Flavia, ela não conseguiu se desvencilhar da forte sucção do ralo  e por isso  vive em coma vigil há mais de 22 anos. Que a tragédia ocorrida com Flavia sirva ao menos para conscientizar do quão perigosa pode ser uma piscina se estiver funcionado sem os indispensáveis dispositivos de segurança.

A norma 10.339-2018, da ABNT contém todos os dispositivos que se  devidamente instalados, vão tornar a piscina segura e não mais uma armadilha submersa. 

Tampa antiaprisionamento na piscina evita acidentes de sucção dos ralos.

- 10 de janeiro de 2020
Um item de segurança  fundamental para que a piscina não se torne uma armadilha submersa, é a tampa antiaprisionamento que evita a sucção dos ralos.

Para que sua piscina seja segura, siga a norma 10.339/2018, da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.



Acidente de sucção ocorrido em ofurô

- 7 de janeiro de 2020
                         Foto e textos obtidos do Facebook de Ala Mitchell
" UM GRAVE ALERTA

Minha filha nasceu novamente hoje, dia 06 de janeiro de 2020.
Estamos de férias numa casa em Pipa/RN.
Ela estava com a irmã e o primo nesta mini piscina/ofurô quando o cabelo dela prendeu na entrada que suga a água. A cabeça colou na peça de rosca e ficou presa no fundo.

Todos gritavam e ela se debatia com as pernas para fora e a cabeça colada no fundo.
Minha esposa pulou e tentou puxar e não conseguiu e gritou... "Júnior ela está morrendo! "
Eu pulei na piscina e tentei tirar 03 vezes e simplesmente não soltava. Ela continuando a se debater.
Pensei numa faca mas resolvi puxar pela última vez antes de ir atrás da faca. Apoiei o joelho no degrau, reforcei a pegada no cabelo e Deus me deu uma força que eu não tinha ao ponto de rasgar meu joelho.
A peça de rosca quebrou e saiu junto com o cabelo dela.
Minha filha já estava em choque e minha esposa a segurou nos braços sem acreditar que ela ainda estava viva.
Meus Deus ainda estou em lágrimas lembrando da cena mais dolorida que já presenciei.
Minha Tita nasceu novamente! Ela está bem agora.

POR FAVOR AVISEM A TODOS QUE ISSO PODE OCORRER !
OBRIGADO DEUS POR NOS AJUDAR!"


Infelizmente, esse tipo de acidente continua ocorrendo pelo Brasil e pelo mundo afora. Enquanto não se tem o compromisso dos responsáveis por piscinas e ofurôs, a conscientização é ainda a melhor prevenção para evitar tragédias  como a que deixou minha filha Flavia, que há 22 anos vive em coma por um acidente de sucção do ralo da piscina onde nadava.

Piscinas e ofurôs devem ter a tampa anti aprisionamento. É um cuidado simples mas que podem evitar acidentes graves e fatais.

São Paulo, proprietário de academia é responsabilizado por acidente em piscina

- 19 de dezembro de 2019
Foto recolhida da NET e meramente ilustrativa

" A 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve condenação de proprietário de academia por lesões corporais gravíssimas causadas a uma criança. Ele foi condenado à prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária de R$ 200 mil, em favor da vítima.

Consta dos autos que a criança frequentava aulas de natação na academia do réu quando teve sua mão presa num ralo no fundo da piscina, onde ficou submerso até que um professor conseguiu resgatá-lo.

Em razão do tempo que permaneceu sem respirar, o menino sofreu parada respiratória que lhe causou perda parcial das funções motoras dos membros superiores e inferiores, além de não realizar nem obedecer a comandos verbais. Laudo pericial realizado no local constatou a ausência da tampa de proteção na área próxima ao dreno.

Para o relator do recurso, desembargador Euvaldo Chaib, o proprietário da academia era responsável pela manutenção da piscina e, de acordo com as provas colhidas nos autos, tinha plena ciência de que a grade de proteção do dreno estava danificada, o que poderia gerar graves danos às crianças, como de fato, causou à vítima. “As provas são mais que suficientes para demonstrar que o réu agiu com dolo eventual.

Com a sua ação dolosa assumiu o risco de lesar ou até ceifar a vida de alunos, que facilmente poderiam ser sugados pelos equipamentos da piscina”, afirmou o magistrado. “O seu estabelecimento não estava de conformidade com as normas legais, que exigem no mínimo outro ralo e proteção externa, para evitar acidentes como o que ocorreu”, relatou.

“Como receber alunos regulares de uma escola para ministrar-lhes aulas sem condições para tanto? Não bastasse, retirou o que restava da tampa de proteção do ralo da piscina, para adquirir uma nova, e não interrompeu as aulas. Ainda, para arrematar, deixou os equipamentos ligados e não avisou qualquer funcionário sobre os riscos que corriam”, finalizou o desembargador.

Participaram do julgamento os desembargadores Camilo Léllis e Edison Brandão. A decisão foi unânime.

Apelação nº 0014072-54.2016.8.26.057"

Texto copiado na íntegra desta FONTE

Piscina e sucção do ralo, já são duas vítimas este mês, uma delas morreu.

- 24 de outubro de 2019
Nikaellen de Americana e Rebecca de Viradouro, em locais diferentes, mas a mesma tragédia: Afogamento causado pela sucção do ralo da piscina.

Meninas grandes, quase adolescentes que assim como minha filha Flavia, não  conseguiram desvencilhar os cabelos da imensa força  da sucção do ralo das piscinas onde nadavam. Nikaellen segue internada, Rebecca faleceu e Flavia, vive há 21 anos em coma vigil. (Flavia tinha 10 anos quando sofreu este mesmo tipo de acidente e desde então vive em coma vigil)

Veja a noticia obtida da Revista on line Crescer e no Top Mídia News


"Duas meninas de SP se afogam após terem os cabelos sugados em piscinas; uma delas morreu
Os afogamentos aconteceram no mesmo dia, mas em cidades diferentes. Um em Americana, onde a adolescente de 13 anos continua internada. O outro foi em Viradouro. Nesse, infelizmente, a menina de 12 anos não resistiu.

Um simples banho de piscina terminou em tragédia para duas famílias paulistas na última semana, em São Paulo. No dia 14 de outubro, em Americana, enquanto estava na água, a adolescente Nikaellen Coelho teve os cabelos sugados pelo ralo da piscina e ficou presa. De acordo com os bombeiros, foi por volta das 19h. Segundo o jornal O Liberal, ela teria ficado cerca de 10 minutos sem respirar, até ser retirada por dois vizinhos que ouviram os pedidos de socorro de parentes.

Eles contaram que Nikaellen estava com o cabelo preso e os pés boiando. "A nuca estava colada na parede da piscina. Tentei (tirar) uma vez, não consegui. Na segunda, também não. Eu juntei as duas mãos colocando pressão, foi aí que soltou", relatou um deles. Assim que a tiraram da água, iniciaram os primeiros socorros. Quando chegaram ao local, os bombeiros encontraram a menina com pulsação. Ela foi socorrida e levada ao hospital. De acordo com a mãe, Receba Coelho, a filha continua internada. "Nikaellen está entubada e estável. Estamos aguardando. No momento, ela está colocando a traquio para que volte mais calma", disse.

No mesmo dia, mas em Viradouro, uma menina de 12 anos passou pela mesma situação. Segundo relatos de parentes, ela também teve os cabelos sugados pelo ralo da piscina e ficou presa. Rebecca chegou a ser socorrida com vida. Durante toda a semana, parentes e amigos pediram orações pelas redes sociais. A menina é filha do pastor e cantor evangélico Tales Lopes. Ele chegou a postar frases emocionadas pedindo a recuperação da jovem em seu perfil no Facebook. "Volta Logo, Rebecca. Papai está com saudades de ouvir sua voz", escreveu. No entanto, a menina não resistiu e acabou morrendo nesta segunda-feira (21)." 

Como evitar acidentes:

"Infelizmente, quase todos os dias acontecem acidentes em piscinas e muitas vítimas acabam morrendo", afirma Marcelo Mesquita, secretário executivo da Associação Nacional das Empresas e Profissionais de Piscinas (ANAPP). Os afogamentos podem ser evitados adotando medidas simples. João Marques Junior, coordenador administrativo da ANAPP, explica que a segurança e o bom funcionamento de uma piscina vão muito além do ralo.

"Existe uma série de aspectos envolvidos. O primeiro é o projeto técnico da piscina, que deve ser feito de acordo com as normas técnicas, atualizadas no ano passado, e desenvolvido por uma empresa especializada", diz. Caso compre ou alugue uma casa que já possua piscina, orienta-se contratar uma empresa especializada para vistoriar.

"Orietamos todos os empreendimentos como hotéis, clubes e residências que atualizem sempre suas piscinas. O balanceamento hidráulico, por exemplo, ajuda a evitar que a sucção dos ralos não seja superior ao permitido", completa Marcelo.

"Trinta segundos é tempo suficiente para acontecerem acidentes fatais. Nunca deixa uma criança, nem mesmos adultos, sozinhos em uma piscina", finaliza secretário executivo da ANAPP. Confira as recomendações para aumentar a segurança nestes locais:
  • os ralos devem ter tampas antiaprisionamento com microfuros que impeçam a retenção de cabelo ou alguma parte do corpo;
  • os bocais nas bordas também devem ter tampas, evitando qualquer acidente com sucção;
  • quando mergulhar, mantenha distância dos ralos e bocais;
  • quanto maior a quantidade de ralos, mais segura a piscina;
  • é fundamental ter, fora da piscina, um botão para desligar o bombeamento;
  • sempre que possível, utilize com a bomba desligada;
  • instale grades para isolar a área da piscina;
  • coloque capa de proteção quando a piscina não tiver sendo utilizada." 
As informações acima, se observadas e praticadas, podem evitar tragédias como as que continuam a ocorrer com um frequência assustadora por todos os cantos do Brasil. Infelizmente, apesar das evidências  deste tipo de acidente e da insistência com venho tentando alertar para o perigo existente na sucção dos ralos de piscinas, poucos são os que seguem as normas de segurança.  Enquanto isso, os acidentes continuam a acontecer, sem nenhum aviso prévio de quem poderá ser  próxima vitima.
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