Já escrevi, tempos atrás, sobre a importância da Fisioterapia em pessoas acamadas ou com mobilidade reduzida. Este é um tratamento de fundamental importância, para a qualidade de vida da pessoa sem mobilidade ou com mobilidade reduzida.
Desde o momento em que deu entrada no Hospital, em janeiro de 1998, Flavia faz fisioterapia diária, com exceção dos domingos.Claro que nada substitui nosso caminhar, nosso erguer espontâneo de braços e pernas, mas a fisioterapia ajuda - e muito - a reduzir a perda da massa muscular, tão comum em pessoas acamadas.
E o que é possível fazer, a gente segue fazendo. Algumas vezes, é verdade, sinto uma imensa impotência com relação ao que ainda eu poderia fazer para melhorar a qualidade de vida de minha filha, melhorar sua condição em geral, a fim de diminuir seu sofrimento, principalmente causado pela espasticidade decorrente do dano cerebral sofrido no acidente de afogamento na piscina, em janeiro de 1998, passando Flavia desde então a viver em coma vigil. Quase 23 anos. Mas o amor de mãe, ao contrário do que eu pensava, não tem, como justo seria, super poderes.
Diante desta impotência, sigo fazendo o que me é possível fazer, usando, além da fisioterapia e atendimento multidisciplinar, um recurso disponível a todos nós. Amor. Por isso, sigo cuidando de Flavia, com todo o amor que cabe em meu coração. Qualquer que seja o caso, a situação, vamos praticar o amor. Sem moderação.
Um abraço carinhoso pra vocês.
PS. Nas fotos, os dois fisioterapeutas que atendem Flavia, há mais de 5 anos. Diego e Fábio, dois queridos.