Este blog, criado em janeiro de 2007, é dedicado à minha filha Flavia e sua luta pela vida. Flavia vive em coma vigil desde que, em 06 de janeiro de 1998, aos 10 anos de idade, teve seus cabelos sugados pelo sistema de sucção da piscina do prédio onde morávamos em Moema - São Paulo. O objetivo deste blog é alertar para o perigo existente nos ralos de piscinas e ser um meio de luta constante e incansável por uma Lei Federal a fim de tornar mais seguras as piscinas do Brasil.

OS RÉUS QUE CONTINUAM IMPUNES.

- 23 de junho de 2007
O relato que venho fazendo neste blog e que abrange o período desde o acidente ocorrido com Flavia em 06.01.1998 até os dias de hoje, - mais de nove anos - está pautado na total e absoluta verdade dos fatos, e é assim que pretendo continuar, sempre comprometida com a verdade, por isso, não há razão para eu não mencionar o nome dos réus do processo que abri, e que em Março de 1999 - há mais de oito anos - deu entrada na OITAVA VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA CAPITAL – SÃO PAULO – BRASIL, processo nr. 99.029.810-8. Além disso, o processo é público, qualquer pessoa pode ter acesso às informações. O que não se pode e ninguém deve fazer isso, é dirigir-se a quem quer que seja de forma jocosa, caluniosa, desrespeitosa. Até por não fazer parte de meu vocabulário, eu jamais usaria termos chulos ou inadequados para me referir aos réus ou a qualquer outro personagem desta história. Tenho certeza de que as pessoas que visitam o blog de Flavia e deixam aqui seus comentários, também não. O foco aqui é outro. É, mostrar ao maior número possível de pessoas, a injustiça de uma justiça lenta, é denunciar e protestar pela falta de respeito, pela lentidão com que se julgam - e nem sempre condenam - os responsáveis por tragédias que dolorosamente transformam vidas, deixando pessoas à mercê de sua própria sorte. É mostrar ao mundo minha indignação pela IMPUNIDADE que faz com que tragédias como a que interrompeu a vida saudável de Flavia, continuem acontecendo pelo mundo afora. Tenho documentado alguns desses casos em posts anteriores. Se você concordar com a proposta deste blog - faça-me um favor, divulgue-o. A divulgação é uma forma de incomodar quem se omite, quem não decide, quem desrespeita, quem abandona.

O processo de Flavia teve dois julgamentos: O primeiro, em 2004, cinco anos após seu ingresso na justiça paulista, e apesar dos autos exibirem farta documentação comprovando a troca do equipamento pelo condomínio, o superdimensionamento do equipamento que substituiu o anterior, o não pagamento do seguro existente no condomínio no momento devido, nenhum dos réus foi CONDENADO a pagar uma indenização coerente com a gravidade do acidente ocorrido com Flavia. Nesse julgamento de 2004, o valor da indenização concedida estava há anos luz daquele por nós pleiteado e por isso, recorremos da sentença. O segundo julgamento ocorreu em Fevereiro de 2006, dois anos após o primeiro, e também foi negada a indenização por nós pleiteada. Os processados nesta batalha judicial que corre na justiça paulista há mais de oito anos são:

1. CONDOMÍNIO EDIFÍCIO JARDIM DA JURITI. – Prédio onde morávamos e onde ocorreu o acidente. Sem orientação técnica, o síndico mandou trocar o equipamento existente na piscina por outro de maior potência e superdimensionado para o local. Dos três réus é o único ordenado a pagar, por tutela antecipada, um valor mensal para Flavia, valor esse que cobre menos de 1/3 de suas despesas mensais.

2. AGF BRASIL SEGUROS S/A. Seguradora do condomínio. Não pagou, quando por mim solicitada, o seguro devido, vindo a fazê-lo quase dois anos após o acidente, sem juros e correção monetária e somente quando judicialmente intimada e sob ameaça de multa diária.

3. JACUZZI DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
Fabricante do ralo da piscina, vendeu o equipamento superdimensionado ao consumidor final, - o condomínio – sem fazer constar no manual que acompanhava o produto, qualquer ressalva ou alerta sobre os possíveis riscos advindos do uso incorreto do conjunto motor/bomba/filtro, nesses riscos incluindo-se o superdimendionamento, que foi a causa determinante do gravíssimo acidente ocorrido com Flavia. Após muita luta na justiça, a Jacuzzi foi ordenada a pagar, por tutela antecipada, dividindo meio a meio com o condomínio, um valor mensal na conta de Flavia. Pagou por um tempo, recorreu e os juízes autorizaram que deixasse de pagar.

O processo por uma indenização adequada pelo gravíssimo acidente ocorrido com minha filha Flavia, que há mais de nove anos está em coma vigil, inconsciente, ainda está em São Paulo. Após recorrermos das duas sentenças onde os réus NÃO FORAM CONDENADOS a pagar uma indenização condizente com a gravidade do acidente, o processo, em sua última instância – não poderemos mais recorrer –estará seguindo para Brasília, onde esperamos, caia nas mãos de juízes que, atentos às provas constantes dos autos, se conscientizem de que Flavia precisa e tem direito a uma indenização adequada que lhe permita ter os cuidados de que precisa, para se manter viva com um mínimo de qualidade de vida e dignidade. Se os juízes de Brasília CONDENAREM as partes processadas a pagar uma indenização coerente com a gravidade deste acidente, não estarão nos fazendo nenhum favor, e sim RESPEITANDO OS DIREITOS DE FLAVIA, direitos esses, que há anos vêm sendo desrespeitados.

PERSEVERAR...PERSEVERAR...

- 21 de junho de 2007
No post anterior eu falei de como, há mais de oito anos atrás, acabei por encontrar um advogado que aceitou cuidar do processo de Flavia. Minha intenção ao relatar todas as tentativas que fiz até chegar ao Dr.José Rubens Machado de Campos, nosso advogado desde Fevereiro de 1999, é mostrar que embora tenha demorado, o objetivo a que eu me propunha - encontrar um advogado para Flavia – foi alcançado. Acredito que não devemos esmorecer nem desanimar diante das dificuldades da vida. Se o objetivo que precisamos alcançar não nos vem de forma fácil, não será essa dificuldade em atingir nossa meta que fará com que fiquemos estagnados, que deixemos de correr atrás do que é importante para nós. Nosso poder de luta, o meu, o seu, e de qualquer pessoa que se disponha a ir atrás do que lhe é importante, esse poder de luta, é muito grande, é imenso. Está difícil conseguir o que você quer? Não desista. Continue. Persevere... Persevere...

O pensamento abaixo, tem relação com o que acabo de escrever:

“A perseverança é um elemento importante para o sucesso; se você bater à porta por um bom tempo e gritar por um bom tempo, com certeza acordará alguém”

Henry Wadsworth Longfellow (1807-1882)
Poeta americano.


E tem também este texto sobre dificuldades, do qual gosto muito.

“Quando tiver algum problema, faça alguma coisa!!
Se não puder passar por cima, passe por baixo,
passe através, dê a volta, vá pela direita, vá pela esquerda,
se não puder obter o material certo,
vá procurá-lo, se não puder encontrá-lo substitua-o,
se não puder substituí-lo, improvise!
Se não puder improvisar, inove,
Mas acima de tudo, faça alguma coisa!!!”

Fonte: A Essência da Verdade, - Coleção Pensamentos de Sabedoria.

NOSSO ADVOGADO. FINALMENTE.

- 17 de junho de 2007
No post anterior eu falava ainda da dificuldade em conseguir um advogado para processar os responsáveis pelo acidente na piscina, com o ralo que sugou os cabelos de Flavia. Após sair do escritório daquele advogado idoso e pouco receptivo, consegui a indicação de uma advogada, Dra.Célia, que me pareceu ser pessoa competente e sensível. Depois de analisar minha papelada, Dra. Célia que estava grávida, me disse que não poderia assumir o processo porque esperava o nascimento de seu bebê para muito breve. A recusa de Dra.Célia foi para mim um baque. Ela porém, ao me ouvir sobre as várias tentativas frustradas para conseguir um advogado que aceitasse assumir o processo de Flavia, e comovida com minha tragédia pessoal, disse que me indicaria um advogado conhecido dela, no qual confiava muito. Decepcionada com a falta de sensibilidade dos homens a quem até então eu havia consultado, perguntei à Dra.Célia se ela não poderia me indicar uma mulher. Ela então me respondeu:

- Odele, fique tranqüila. Além de estar lhe indicando um excelente advogado, ele é o homem mais sensível que já conheci.

E foi assim que em Fevereiro de 1999, mais de um ano após o acidente com Flavia, cheguei ao escritório do Dr.José Rubens Machado de Campos. Mostrando minha papelada e contando mais uma vez a história do acidente, pedi ao Dr.José Rubens que por favor, aceitasse provar na justiça que Flavia teve os cabelos sugados pelo ralo da piscina, e que por isso, estava em coma.

Após me ouvir com atenção, Dr.José Rubens me disse que eu voltasse a procurá-lo em três dias. - Pensei: Três dias?! Como assim?!. Para quem estava acostumada a esperar pelo menos trinta dias por uma resposta, três dias, era um prazo animador. Passado esse tempo, voltei ao escritório do Dr. José Rubens, e me surpreendi ao ver que ele já havia consultado colegas seus nos Estados Unidos, e levantado alguns casos de acidentes ocorridos em piscinas, acidentes esses semelhantes ao ocorrido com Flavia. Dr.José Rubens aceitou assumir o processo de Flavia, concordando em receber seus honorários apenas ao final de tudo, mas não sem antes me alertar de que teríamos pela frente uma longa batalha judicial.

Durante os próximos dias Dr.José Rubens e eu trabalharíamos exaustivamente para montar o processo que ele daria entrada na justiça. Os documentos que lhe mostrei no dia de nosso primeiro contato, não eram suficientes. Dr.José Rubens queria mais. Ele me dizia quais documentos precisava e eu providenciava, um após o outro, por mais complicado que fosse, ele pedia e eu lhe colocava os documentos nas mãos e assim, em menos de um mês após eu ter conhecido Dr.José Rubens, o processo de Flavia – AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS E MORAIS deu entrada na 8ª.Vara Cível da Comarca da Capital de São Paulo, sob nr. 99.029.810-8. Isto foi em Março de 1999. De lá para cá, são mais de oito anos de luta nos tribunais e aconteceram duas sentenças com as quais não concordamos por julgarmos a indenização concedida extremamente baixa. Recorremos a essas sentenças e hoje, o processo AINDA em São Paulo, deve seguir para Brasília, onde em última instância tentaremos conseguir uma indenização adequada à gravidade do acidente ocorrido com Flavia. Mais de oito anos de luta e espera. A demora de nossos juízes em JULGAR e CONDENAR os responsáveis pela venda, instalação e manutenção do ralo da piscina que causou o acidente que deixou Flavia em coma, além de por si só se configurar uma injustiça, é um desrespeito aos direitos humanos.

CORRENDO ATRÁS DE JUSTIÇA. AINDA.

- 11 de junho de 2007
Algumas pessoas, ao comentarem o post deste blog do dia 13 de Maio, onde menciono minha busca e dificuldade para encontrar um advogado que aceitasse assumir o processo de Flavia, gentilmente se ofereceram para me indicar um profissional conhecido. Agradeço a essas pessoas, mas quero esclarecer que este é um relato de algo que aconteceu há mais de oito anos. Terminei por encontrar sim um advogado excelente para cuidar do processo. Falarei sobre isto no próximo post.
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Na segunda tentativa que fiz em busca de um advogado para assumir o processo que eu abriria contra o Condomínio Edifício Jardim da Juriti, contra a AGF Brasil Seguros S/A, seguradora do condomínio e contra a Jacuzzi, empresa fabricante do ralo da piscina que sugou os cabelos de Flavia, contatei por telefone o Dr.Tales Castelo Branco, que na época cuidava de um caso de muita visibilidade aqui no Brasil. O Dr.Tales era advogado do Professor Leonardo Teodoro de Castro, acusado de ter colocado uma bomba que provocou a explosão e matou, em julho de 1997, o Engenheiro Fernando Caldeira de Moura, 38 anos, num Fokker 100 da TAN. Dr.Tales, gentilmente recusou meu pedido e me disse que o caso de Flavia estava fora de sua área de atuação.

Fui então encaminhada para uma jovem advogada que havia trabalhado na área jurídica da HP, empresa na qual eu ainda trabalhava. Dra.Neusa, agora exercia sua profissão juntamente com um colega, o Dr.João. Ela, muito gentil e prestativa, chegou a ir algumas vezes ao Hospital Santa Isabel, onde Flavia esteve internada, para obter informações adicionais sobre o acidente, mas sempre esbarrava na burocracia e pouca coisa de relevante ela conseguiu saber. Ele, também com a melhor das intenções, acredito, sugeriu que eu deveria expor minha situação em um programa de televisão, desses sensacionalistas. Recusei a idéia. Depois de pouco mais de um mês Dra.Neusa me disse que não se sentia capaz de assumir um caso tão complicado, e me devolveu a papelada. Pensei: - Pelo menos foi honesta e não me fez perder tempo.

Desta vez procurei o advogado Dr.Renato Arruda, que tempos atrás havia me atendido com muita competência, porém numa área bem diferente desta do acidente de Flavia, e por isso ele me indicou um colega seu. Dr.Renato teve que insistir para que seu colega aceitasse pelo menos conversar comigo. Mais uma vez expus a situação, deixei a papelada com o advogado e fiquei aguardando um telefonema que nunca chegava. Então, mais ou menos a cada 15 dias, eu mesma telefonava para saber se ele tinha uma posição. Em uma das vezes que telefonei o advogado me disse que decidira não aceitar o caso, primeiramente porque não gostava da idéia de só receber seus honorários após o término do processo e depois, me disse ele, porque me achou por demais ansiosa. De nada adiantou minha insistência e até minha promessa de daí em diante lhe telefonar com menos frequência, esse advogado não quis mesmo assumir o processo. Desolada, pedi a ele uma nova indicação e me foi dado o nome do Dr.Dilermando Ciganha, que ao ser por mim contatado, me disse de forma gentil, não ser área de sua atuação e me indicou dois outros nomes: Um homem e uma mulher. Dra.Priscila, a advogada que eu tentava agora contatar, não era pessoa de fácil acesso. Nunca consegui passar da secretária e após vários telefonemas sem retorno, decidi tentar a segunda indicação que me fora dada por Dr.Dilermando.

Nessa nova tentativa fui parar num escritório de advocacia no centro de São Paulo. Enquanto aguardava para ser atendida, eu me perguntava se minha procura acabaria ali. O advogado que me surgiu à frente era um homem idoso e sisudo, e caminhava com dificuldade, arrastando os pés. Pensei: - Coitado, tão velhinho, estaria doente? Tive vontade de me levantar e ir embora mas como já estávamos frente a frente, comecei meu discurso, àquela altura, já bastante repetido. Ao final, considerando a idade avançada daquele advogado e a frieza com que me recebeu, percebi que mais uma vez perdera meu tempo e que ainda não seria desta vez que eu encontraria alguém, que aceitasse assumir o processo que provaria que o gravíssimo acidente ocorrido com Flavia, aconteceu porque ela teve os cabelos sugados pelo ralo da piscina do prédio onde morávamos. E mais uma vez, com minha papelada embaixo do braço, voltei para casa naquele final de dia, pensando com quem mais eu falaria para obter uma nova indicação de advogado. Apesar de minhas tentativas fracassadas, eu precisava continuar correndo atrás de justiça. E eu continuaria.

CÉLULAS TRONCO? É PRECISO INFORMAÇÃO.

- 5 de junho de 2007

Participei neste sábado dia 02 de Junho, do I Simpósio do IPCTRON – Instituto de Pesquisas com Células-Tronco, que teve como foco mostrar “A pesquisa das Células-Tronco nas várias especialidades médicas” O evento, que teve a duração de 10 horas, aconteceu no Anfiteatro do Hospital São Paulo, da Escola Paulista de Medicina, e contou com a participação de palestrantes brilhantes.

As Células-Tronco como imagino que a maioria saiba, são células que podem se diferenciar e dar origem a diferentes tecidos do corpo humano tais como, ossos, nervos, músculos, neurônios, etc..

Existem dois tipos de Células-Tronco: As adultas e as embrionárias. As Células-Tronco adultas são as encontradas na placenta, no cordão umbilical e em vários tecidos humanos, como por exemplo: medula óssea, fígado, pele, etc.. Já as embrionárias, como o próprio nome diz, são encontradas nos embriões, e são mais potentes que as adultas, já que as pesquisas têm mostrado que Células-Tronco embrionárias possuem a capacidade de se transformar em qualquer tecido do corpo humano.

No Brasil a grande defensora do uso de Células-Tronco embrionárias humanas em pesquisas, é Mayana Zatz, geneticista do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo – USP. Já a Profª. Dra. Lílian Piñero Eça, biomédica e doutora em biologia molecular pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, é contra por considerar que a vida começa na concepção, portanto a destruição de embriões humanos para uso em pesquisas seria, segundo ela, a destruição também de uma vida humana. A polêmica entre as duas cientistas tem sido intensa.

Meu primeiro contato com pesquisadores e estudiosos de Células-Tronco ocorreu no ano de 2000 e na época, desinformada sobre este tema, criei grande expectativas, achando que as Células-Tronco pudessem fazer algo por Flavia. Desde então venho participando de palestras, work-shops, seminários, simpósios e no ano 2005, cheguei a fazer um curso de extensão universitária em Células- Tronco, com professores da Escola Paulista de Medicina. Manter-me informada foi o caminho que encontrei para entender que, infelizmente por enquanto as Células-Tronco nada poderão fazer por minha filha. Muito ainda há que se pesquisar até que a terapia celular com estas células seja uma realidade na área do cérebro. Mas enquanto isso, estar informada sobre os avanços das pesquisas com Células Tronco, é sem dúvida, a melhor maneira de manter sim a esperança, mas de forma centrada, equilibrada e sobretudo, realista. Apesar de saber que a curto prazo, Flavia não poderá ser beneficiada pela terapia com as Células-Tronco, continuo achando o tema fascinante.

Mais adiante contarei sobre algumas situações complicadas pelas quais passei por acreditar – por querer acreditar - que o uso das Células-Tronco pudessem, já naquela época - há seis ou sete anos atrás, tirar Flavia do estado de coma. Era minha esperança ou meu desespero levados ao extremo.
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