Este blog, criado em janeiro de 2007, é dedicado à minha filha Flavia e sua luta pela vida. Flavia vive em coma vigil desde que, em 06 de janeiro de 1998, aos 10 anos de idade, teve seus cabelos sugados pelo sistema de sucção da piscina do prédio onde morávamos em Moema - São Paulo. O objetivo deste blog é alertar para o perigo existente nos ralos de piscinas e ser um meio de luta constante e incansável por uma Lei Federal a fim de tornar mais seguras as piscinas do Brasil.

A importância da Fisioterapia em pessoas acamadas

- 12 de setembro de 2015
Flavia em sua sessão diária de Fisioterapia

Um dos motivos de Flavia estar bem (sempre dentro do possível, claro) é que desde o acidente que lhe deixou em coma, ocorrido há quase 18 anos, ela faz fisioterapia diária. (menos aos domingos) Vejam como ela tem um bom alongamento e assim é tanto nas pernas quanto nos braços. Flavia tem uma boa musculatura e isso se deve principalmente à fisioterapia.

Quando a pessoa perde a mobilidade e fica acamada, a fisioterapia é indispensável a fim de evitar que os membros fiquem rígidos e atrofiados. Mas é preciso cuidado com a escolha dos profissionais, é preciso ver se aquele profissional tem o perfil adequado para trabalhar com o seu ente querido. Fazer fisioterapia em um homem por exemplo, deve ser diferente dos movimentos feitos em mulheres que têm estrutura física mais delicada. Sempre que possível, fique por perto, observe o fisioterapeuta trabalhando, opine (você tem esse direito) e se necessário for, troque o profissional. Não basta cuidar, é preciso cuidar bem.

Se não temos o poder de trazer de volta a saúde perfeita de nosso ente querido, esse poder está em nossas mãos, quando se trata de lhe proporcionar a melhor qualidade de vida possível. Para isso, uma boa dose de amor é fundamental. Cuidar com amor, é bem diferente de apenas cuidar.

Gentileza gera gentileza? Nem sempre, mas ser gentil é preciso

- 1 de setembro de 2015
Meus filhos Flavia e Fernando, em cena de afeto explicito

Como muitos de vocês sabem, minha filha Flavia, aos 10 anos,  teve os cabelos sugados por um ralo de piscina, se afogou e desde então vive em coma vigil. E esta é minha realidade há quase 18 anos. Quando o sofrimento  nos atinge nem sempre é fácil fugir do estado de torpor em que a dor nos joga e não raro, existe a possibilidade de nos tomarmos pessoas amargas, hostis e até mesmo grosseiras com pessoas próximas ou não. É preciso evitar isso a todo custo.Sim, ser gentil é possível. Ser gentil é preciso. 

Cada pessoa lida com a dor de forma única e temos que respeitar isso. Enquanto para uns, depois de uma tragédia em sua vida é possível ainda ser feliz, para outros, essa possibilidade deixa de existir. Qualquer que seja a forma com lidamos com a dor, ser gentil com as pessoas é fundamental. Ninguém tem culpa dessa rasteira que a vida nos deu. Ninguém tem culpa de tudo que você sofreu. Por isso, não podemos permitir que o sofrimento nos torne pessoas de difícil convivência. Nada justifica a grosseria e a falta de gentileza no trato com o outro.

Ser gentil com as pessoas nem sempre pode nos trazer a gentileza de volta, mas ainda assim vale a pena ser gentil. Com gentileza, a vida fica  menos sofrida, fica mais fácil, fica mais leve.



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