Este blog, criado em janeiro de 2007, é dedicado à minha filha Flavia e sua luta pela vida. Flavia vive em coma vigil desde que, em 06 de janeiro de 1998, aos 10 anos de idade, teve seus cabelos sugados pelo sistema de sucção da piscina do prédio onde morávamos em Moema - São Paulo. O objetivo deste blog é alertar para o perigo existente nos ralos de piscinas e ser um meio de luta constante e incansável por uma Lei Federal a fim de tornar mais seguras as piscinas do Brasil.

O OBJETIVO E O FOCO DESTE BLOG

- 31 de julho de 2007
Este blog foi indicado por Hilda do blog Casa da Sogra, para Susan do De Cara Pra Lua, e de repente vejo um aumento imediato no número de visitantes. Muito obrigada Hilda, muita obrigada Susan. Como as pessoas que estão chegando aqui através do blog De Cara Pra Lua, talvez não saibam do porque da existência do blog Flavia, Vivendo em Coma, quero enfatizar com que objetivo foi criado.

1. PROTESTAR contra a lentidão da justiça brasileira. Minha filha está em coma vigil há mais de nove anos, e há mais de oito aguardo na justiça pela condenação dos culpados pela negligência do ralo de piscina que sugou os cabelos dela, causando seu quase afogamento e deixando-a em coma por todos estes anos.

2. ALERTAR sobre o perigo existente em ralos de piscinas funcionando de forma irregular. Venho documentando no blog de Flavia casos acontecidos no Brasil e no mundo de acidentes com ralos de piscinas, com vítimas fatais ou seqüelas gravíssimas. O que está escrito neste blog, é o relato fiel dos fatos, e mostra o dia o dia de minha filha desde o acidente.

Se você quer ajudar, por favor, divulgue este blog. Para amigos, conhecidos, para a mídia. Gostaria que a exemplo da TV Record, que por causa deste blog fez uma reportagem sobre a lentidão da justiça brasileira, outras mídias mostrassem interesse em divulgar o caso de Flavia. Quem sabe assim, possamos tirar nossa justiça do estado de coma em que também se encontra, e alertando as pessoas sobre os perigos dos ralos de piscinas, quem sabe possamos evitar que tragédias como esta que aconteceu com minha filha, continuem a acontecer, como vêm acontecendo, com outras pessoas, crianças ou adultos.

Muito obrigada.

DR.FRITZ: TENTATIVA FRUSTRADA

- 29 de julho de 2007
Com Flavia em casa, assistida pelo Home Care e tendo conseguido um advogado para processar os responsáveis pela negligência no ralo da piscina que causou o acidente com ela, eu tentava me adaptar à nossa nova rotina de vida. A vida tem que continuar, é o que todos ouvimos ao passarmos por perdas que nos desestruturam emocionalmente. Mas como me era difícil seguir esse conselho. Lembro-me especialmente de que ao chegar à HP para trabalhar todos os dias, como outros funcionários, eu me dirigia ao restaurante da empresa para tomar o café da manhã. Havia um grupo de jovens estagiários, que chegavam para tomar café no mesmo horário que eu. Os jovens conversavam alegremente e riam muito, como é próprio de pessoas da idade deles, mas para mim que tinha o coração estraçalhado, aquela alegria me incomodava muito, e com o meu emocional por demais abalado, eu me perguntava, como podia alguém estar alegre se Flavia estava em coma. Terminado o café, eu subia até o andar onde ficava meu local de trabalho. Em frente à janela, existia uma árvore cheia de flores de um amarelo intenso que antes me encantava, mas que agora, de novo eu me perguntava como era possível a árvore estar florida, se Flavia estava em coma...

Impotente, me sentindo vazia e sem rumo me tornei vulnerável e sem nenhum senso crítico para avaliar o que fazer ou não, na esperança de ajudar Flavia. Foi quando uma pessoa me falou de um médium chamado Rubens Faria Jr, que àquela época atendia em um galpão no bairro do Ipiranga, aqui em São Paulo. Esse homem, acreditava-se, incorporava o espírito do médico alemão doutor Fritz e segundo diziam, realizava curas espirituais, sem necessidade da presença física da pessoa. Claro que eu fui ver o médium. Existia uma fila imensa de pessoas portadoras das mais diferentes enfermidades e todos esperavam muitas horas para serem atendidos. O médium, um homem ao redor de 40 – 50 anos, chegava, abraçava alguns e começava seu “trabalho”. Quando depois de horas de espera, me aproximei dele pela primeira vez, contei rapidamente a história de Flavia – cada pessoa tinha no máximo dois minutos para relatar seu caso -.O médium, muito gentil, me respondeu: - Vamos tirá-la desse coma.

Claro, saí do galpão com a esperança nas alturas. E durante seis meses, freqüentei aquele espaço e ao me aproximar do médium recontava a história de Flavia porque percebia que ele já não se lembrava porque eu estava ali. Passei a levar cartas escritas e fotos de Flavia e ao me aproximar do médium, sem nenhuma cerimônia colocava a carta e a foto dela no bolso de seu jaleco branco, achando que isso o ajudaria a se lembrar dela. O "tratamento prescrito" era colocar, todas as noites, uns paninhos brancos, fornecidos pelo médium, na testa de Flavia e pensar em Jesus. Depois de seis meses seguindo esse ritual e sem ver qualquer resultado, por menor que fosse, fui tomada de enorme frustração e desisti.

Algum tempo depois o médium Rubens Faria Jr. teve sérios problemas com a polícia e entre outras acusações, lhe pesavam charlatanismo, enriquecimento ilícito e exercício ilegal da profissão. Quanto ao doutor Fritz, o que se ouve é que foi um médico alemão, falecido em 1918. Como o nome Fritz na Alemanha é tão comum quanto José, no Brasil, fica difícil pesquisar e pouco se sabe do famoso médico: Onde nasceu, em que cidades morou, quem foram seus parentes, em que Universidade se formou.... Intrigante.

ACONTECEU DE NOVO

- 23 de julho de 2007
Dias atrás , documentei aqui um caso de acidente ocorrido no início deste mês de Julho, com ralo de piscina, que vitimou a criança Abigail Taylor, 6 anos, nos Estados Unidos. Ela teve seus intestinos sugados pelo ralo. Hoje, o noticiário nos dá conta de mais um caso, acontecido desta vez na Rússia, com o garoto Sergei Matveyey, 14 anos, que faleceu.

Pesquisando no Google, localizei a notícia em inglês, que poderá ser lida digitando-se no Google as palavras, Sergei Matveyey, Russía, ou Kazan.

Minha intenção ao documentar tais casos é alertar e tentar conscientizar as pessoas de que ralos de piscinas, desde que estejam fora dos padrões de segurança, são perigosos e representam grande risco para seus usuários.

"Missing boy's body found in pool drain.
Updated 12.02 Mon Jul 23 2007

Keywords: Sergei Matveyev,
Russia, Kazan

The body of a 14-year-old boy has been found in drain at a Russian water park three weeks after he went missing.
Staff at the amusement park in the central Russian city of Kazan checked a pump because it had been spewing out cloudy water and not working as normal, according to reports.

Inside the pump chamber, workers found Sergei Matveyev's body.
Prosecutors believe the boy may have been sucked through a faulty grille into the chamber while diving underwater when he and his family visited the park on July 2.
An extensive search failed to find Sergei after he went missing and police believed he had been kidnapped.
© Independent Television News Limited 2007. All rights reserved."
O que saiu hoje no Terra sobre este acidente:

"Mundo
Segunda, 23 de julho de 2007, 08h19
Corpo de menino é encontrado em bomba de piscina.
Funcionários de um parque aquático na Rússia encontraram o corpo de um menino de 14 anos na bomba de água de uma piscina três semanas após o seu desaparecimento, informam hoje jornais russos. A equipe do parque de diversões da cidade de Kazan resolveram checar o mecanismo na tarde de sábado porque estava expelindo água turva, segundo o jornal Kommersant. Dentro da bomba, encontraram o corpo de Sergei Matveyev, de acordo com a agência Reuters. Investigadores acreditam que Matveyev foi sugado e passou por grade com falha enquanto mergulhava no local. Ele a e família visitaram o parque em 2 de julho.
Uma busca intensiva foi realizada em busca do menino no período de desaparecimento. A polícia chegou a acreditar que ele havia desaparecido.
Redação Terra "

ROTINA DOLOROSA

- 20 de julho de 2007
No post deste blog do dia 08 de Maio, “Voltando Para Casa”, eu relatei como foi a saída de Flavia do Hospital, após oito meses de hospitalização. E disse que ela, mesmo continuando em coma, passaria a ser cuidada em casa pelo sistema Home Care. Fiquei sabendo pelos meus amigos Carlos Rocha e Isabel Filipe de Portugal que lá, os planos de saúde não cobrem Home Care. É interessante esse intercâmbio de informações que nos permite conhecer melhor a cultura e o modo de vida das pessoas nos diferentes países. Em todos, há coisas boas e más. O que for bom faz todo o sentido aplaudirmos, mas cabe a nós como cidadãos, reclamar, protestar e denunciar o que julgamos errado, cabe a nós, cobrar de nossos governantes que cumpram as promessas que fazem – todos, sem exceção - ao se candidatarem a qualquer cargo público. Afinal, eles nos devem o cumprimento dessas promessas porque se estão no poder, fomos nós que os colocamos lá.

Mas voltando ao Home Care de Flavia.

Setembro de 1998.

Flavia estava instalada em casa e pouco a pouco tentávamos resgatar nossa rotina de vida, pelo menos naquilo que fosse possível, mas não demorou muito para percebermos que nada mais seria como antes. Na época, eu trabalhava na empresa Hewlett Packard, e foi graças à HP que me proporcionava um convênio médico com cobertura para Home Care que foi possível manter minha filha em casa. Mesmo assim a situação era muito dolorosa. O quarto de Flavia se transformou numa pequena UTI e teríamos, eu e Fernando, que nos acostumar com a presença de pessoas estranhas dentro de nossa casa, 24 horas. Fernando, então com 14 anos, quando não estava na escola, ficava a maior parte do tempo em seu quarto, e com a porta fechada, saindo apenas para fazer as refeições.

No trabalho, eu tentava me concentrar em minhas tarefas, nem sempre conseguindo. Nessa época a compreensão e sensibilidade do Diretor de Recursos Humanos, Alberto Golbert, com quem eu trabalhava, foi muito importante. Golbert, um ser humano sensível e doce, não se incomodava, ou pelo menos não demonstrava sentir-se incomodado, pelas várias interrupções que meu trabalho sofria, quando a curtos intervalos, um colega de trabalho aparecia para conversar comigo, perguntar sobre o estado de Flavia e demonstrar solidariedade. E assim, com minha performance profissional afetada, ao fim do dia, eu voltava para casa, me sentindo aliviada por não ter que atravessar a cidade para ver Flavia no Hospital. Então, eu não precisava mais me dividir entre meus filhos, ambos estavam ali, ao alcance de alguns passos, e de meus abraços.

Ao relatar estes fatos, quero mostrar como a vida das pessoas pode mudar dolorosamente de uma hora para outra, por causa de um acidente como o que aconteceu com minha filha, e como tantos outros que acontecem todos os dias no Brasil e no mundo. Exemplo disso, é o acidente que acaba de acontecer com a criança Abigail Taylor, nos Estados Unidos, mencionado no post anterior deste blog, e causado pelo mesmo motivo – um ralo de piscina instalado e funcionando de forma irregular. Sei que para Abigail e sua família, uma nova e dolorosa rotina se instalou em suas vidas. O que defendo aqui é que se não houve fatalidade e sim negligência na ocorrência de um acidente, os responsáveis devem ser severamente punidos. Enquanto isso não acontecer, cabe a nós não deixar que o assunto caia no esquecimento.

E A TRAGÉDIA SE REPETE, E SE REPETE...

- 12 de julho de 2007
Nos primeiros dias deste mês de Julho, a televisão e jornais dos Estados Unidos, noticiaram o terrível acidente ocorrido com a menina Abigail Taylor, 6 anos, moradora de Mennesota. Abigail que estava com sua família em um clube de golf, brincava na piscina do clube quando teve seus intestinos sugados pelo sistema de sucção da piscina. Agora ela está internada em estado muito grave no Hospital Infantil de Minneapolis.

Desde o acidente ocorrido com Flavia que venho acompanhando pela Internet casos parecidos. A freqüência desses acidentes é assustadora, e as maiores vítimas tem sido mesmo as crianças. Flavia é brasileira, mas a negligência constatada na piscina onde aconteceu o acidente que a deixou em coma - segundo os médicos, pelo resto de sua vida - pode acontecer, em qualquer lugar do mundo. E pior, não só pode como de fato vem acontecendo. Brasil, França, Portugal, Estados Unidos...

O acidente causado pela sucção de um ralo de piscina, é devastador. A vítima ou morre ou fica com seqüelas terríveis e irreversíveis. E pode acontecer:

Entrapment occurs when part of a child’s body becomes attached to a drain because of the powerful suction of a pool or spa’s filtration system. It also can occur when a child’s hair or swimsuit gets tangled in the drain or on an underwater object, such as a ladder..
te: Safe Kids USA

É importante notar que esses acidentes não acontecem por acaso. São causados pelo mau funcionamento do sistema de sucção da piscina e pelo descaso daqueles que têm obrigação de zelar pela segurança dessas piscinas. Uma LEGISLAÇÃO específica para a segurança nas piscinas ajudaria a evitar que esses acidentes horríveis continuem acontecendo pelo mundo afora. Além disso, não deveria haver lentidão e omissão da justiça em SEVERAMENTE PUNIR os responsáveis por negligências que causaram, ou que venham a causar tais acidentes.

Quem acompanha este blog desde o seu início, sabe que há mais de oito anos venho travando uma batalha judicial para que a justiça brasileira CONDENE EXEMPLARMENTE os responsáveis pela negligência constatada e provada na piscina que causou o acidente com Flavia, mas até agora os juízes brasileiros têm ignorado o laudo pericial que prova o superdimensionamento do sistema de sucção que sugou os cabelos de Flavia, deixando-a presa embaixo dágua. E Condomínio Edif. Jardim da Juriti, AGF Brasil Seguros e Jacuzzi do Brasil, os réus de nosso processo, continuam IMPUNES.

Diante de tantas evidências de que ralos de piscinas são potencialmente perigosos, providências urgentes precisam ser tomadas no sentido de proteger os usuários, a fim de que novos acidentes possam ser evitados. Quanto aos acidentes já ocorridos, que causaram mortes ou dolorosamente modificaram vidas, como no caso de Flavia, que a justiça não demore tanto, que corra a nosso favor, e não nos deixe como tem deixado Flavia, já por quase dez anos, entregue à sua própria dor.

COMA VIGIL. O QUE É. COMO É.

- 6 de julho de 2007
Algumas pessoas desconhecem o que seja o estado de coma vigil. Sem a mínima pretensão de escrever algo que demonstre conhecimentos médicos ou científicos, conhecimentos esses, que infelizmente não tenho, quero compartilhar com vocês que lêem este blog, o que aprendi sobre o coma, através da observação e da convivência com minha filha Flavia, há mais de nove anos em coma vigil.

O coma é um estado de inconsciência profunda, e ainda é um mistério até para os médicos e cientistas. Todos os especialistas com os quais conversei, foram unânimes em dizer que existem mais perguntas do que respostas, mais dúvidas do que certezas sobre o coma, e disseram, todos, que ninguém tem ainda, respostas concretas sobre o que realmente acontece no cérebro de uma pessoa em coma. Acredito que nós, os familiares, desde que fiquemos atentos, podemos aprender muito com a convivência com uma pessoa em estado de coma, e dessa forma, poder melhor cuidar dela.

Para medir o nível de consciência de uma pessoa que sofreu dano cerebral, os neurologistas usam a Escala de Coma de Glasglow. A escala vai do grau três (morte cerebral) ao grau quinze, (estado normal de consciência). Uma pessoa em coma profundo mantém os olhos fechados o tempo todo, já no coma vigil, (caso de Flavia) a pessoa dorme à noite, mas durante o dia mantém os olhos abertos, mas não fala, e não se movimenta, não responde a estímulos verbais e não interage com o meio ambiente, ou seja, fica alheia a tudo que acontece à sua volta. De vez em quando, apesar de acontecer raramente, Flavia sorri, mas pelo que tenho lido a respeito do estado de coma vigil, a pessoa nesse estado pode ter alguns movimentos involuntários, sorrir e até chorar, mas ainda assim continuar em estado de coma, inconsciente, pois como diz a literatura, essas reações seriam automáticas.

Por causa do que venho relatando neste blog, recentemente recebi um e-mail uma pessoa que me critica pela forma como demonstro meu amor por minha filha – cuidando dela sem me questionar se isto é o melhor para ela. Segundo esse senhor, um médico e teólogo, esse meu amor por Flavia é de “caráter duvidoso”, já que na opinião dele, amar Flavia seria ” facilitar sua partida”, “deixá-la ir.” Certamente eu e esse senhor discordamos de muitas das posições defendidas por ele em seu e-mail, mas acima de tudo eu e esse senhor discordamos do que seja amar. Além do que, cuidar de um filho que ficou dependente de nós, não é uma opção, mas uma obrigação. E se até para a ciência, o que se passa no cérebro de um pessoa em coma é um mistério, é uma incoerência afirmar que o sorriso de uma pessoa nessa condição é puramente um ato involuntário e automático. Para mim o sorriso de Flavia, quando acontece, não é um mistério, é uma resposta. De amor. Ao amor.

LOCOMOVER-SE. FICOU DIFICIL.

- 1 de julho de 2007
A foto de Flavia vestida de branco foi tirada em 04.10.1997 quando ela ainda era uma criança alegre e saudável. A foto em que ela está na cadeira de rodas, dentro de uma Van, foi tirada em 16.10.2002, quando era levada a uma consulta médica.

Para sair de casa com Flavia, todo um aparato se faz necessário. Ela precisa ser transportada ou em ambulância, que custa caro, e por isso não tenho usado esse meio de transporte, ou em um veículo, tipo Van, onde seja possível colocá-la já sentada em sua cadeira de rodas, como mostra a foto. No caso da Van, um banco precisa ser retirado para que se possa entrar com a cadeira de rodas, mas, nem todo proprietário aceita retirar o banco de sua Van, mesmo que provisoriamente.

A cadeira de rodas utilizada por Flavia, não é uma cadeira de rodas comum. Por estar inconsciente e não ter mais nenhum controle do corpo, a cadeira de rodas dela foi totalmente adaptada para suas necessidades e é graças a essa cadeira que é possível descer com Flavia ao pátio do prédio onde hoje moramos, para que ela tome um pouco de sol, e quando não consigo que os médicos venham atendê-la em casa, é nessa cadeira que ela é transportada para as consultas médicas e para o hospital, quando algum exame mais complexo é solicitado.

Eu me preparava para comprar um carro adaptado para transportar Flavia, quando, a Jacuzzi, que por ordem judicial vinha, juntamente com Condomínio Jardim da Juriti, nos pagando um valor mensal por conta de tutela antecipada, a Jacuzzi recorreu e outro juiz lhe autorizou a suspender o pagamento. E eu, não tive outra opção que não a de suspender também a compra do veículo que serviria de transporte para Flavia.

Eu já disse anteriormente neste blog, mas não custa repetir. Não tenho nenhuma intenção de despertar pena, seja nas pessoas que lêem este blog, seja nas autoridades jurídicas que eventualmente tomem conhecimento deste meu protesto, desta minha denúncia, feitos, através do que venho escrevendo e documentando neste blog. Eu, Flavia e qualquer outra pessoa que tenha seus direitos desrespeitados, não precisamos de piedade, precisamos de RESPEITO. Provas contundentes do superdimensionamento do ralo da piscina de marca Jacuzzi que causou o acidente que deixou Flavia em coma, estão há anos, anexadas ao processo, que também há anos corre na justiça de São Paulo.

Estamos usando nossa última chance de recorrer das duas sentenças anteriores, onde os juizes de São Paulo NÃO CONDENARAM os réus a pagar indenização condizente com a gravidade do acidente com Flavia, desrespeitando assim, os seus direitos. Neste momento, o processo, ainda está na justiça de São Paulo – na Procuradoria – para ciência” e em mais um ou dois meses, deverá seguir para Brasília e esperemos que lá, apesar da demora – de tanta demora – a justiça ainda se faça.
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