Julho de 1998. A febre vem cedendo, embora Flavia ainda apresente muita hipertonia. Por conta disso são feitas algumas aplicações de botox, (*) na tentativa de lhe relaxar a musculatura, no entanto, esse procedimento não vem surtindo efeito significativo. Os médicos me dizem que continuar no hospital não vai mudar o quadro clínico de Flavia, e assim, o pediatra e o neurologista concordam em que devemos pensar em ir para casa, onde ela deverá ser cuidada pelo sistema Home Care.
A primeira providência para diminuir as dificuldades em casa é substituir a sonda nasogástrica por uma gastrostomia, já que Flavia continua sem conseguir deglutir. As dificuldades de deglutição são comuns após lesões neurológicas. Qualquer coisa que se coloque na boca, inclusive água, causa engasgos. A mais grave conseqüência dos engasgos é a “pneumonia de aspiração”. Por isso, para prevenir a ocorrência de uma pneumonia, muitas vezes é necessário o uso de outras vias de alimentação. A pessoa deixa então de se alimentar por boca, e pode passar a receber alimento por um tubo, que vai do nariz até o estômago pela sonda nasogástrica, ou que chega diretamente no estômago – sonda gástrica, através de uma gastrostomia. O médico (gastroclínico), através de um procedimento cirúrgico, faz um orifício na barriga onde é colocada uma sonda que leva alimento diretamente ao estômago.
No caso de Flavia que desde a UTI usava a sonda nasogástrica, era necessária a troca por sonda gástrica, até porque a primeira já estava sendo usada por um período considerado longo pelos médicos. Explicaram-me que o uso prolongado dessa sonda não é um procedimento comum, além do que, o pediatra de minha filha me orientou de que em casa a sonda gástrica oferecia mais tranqüilidade. Por isso a cirurgia de gastrostomia foi agendada.
(*) O Botox, muito utilizado para fins estéticos, pode ser também utilizado para fins terapêuticos, com o objetivo de diminuir a espasticidade (hipertonia) comuns em pessoas que sofreram danos cerebrais. Seu efeito no entanto é temporário, e no caso de Flavia, após algumas aplicações mostrou-se pouco eficiente e decidiu-se pela suspensão do uso.
A primeira providência para diminuir as dificuldades em casa é substituir a sonda nasogástrica por uma gastrostomia, já que Flavia continua sem conseguir deglutir. As dificuldades de deglutição são comuns após lesões neurológicas. Qualquer coisa que se coloque na boca, inclusive água, causa engasgos. A mais grave conseqüência dos engasgos é a “pneumonia de aspiração”. Por isso, para prevenir a ocorrência de uma pneumonia, muitas vezes é necessário o uso de outras vias de alimentação. A pessoa deixa então de se alimentar por boca, e pode passar a receber alimento por um tubo, que vai do nariz até o estômago pela sonda nasogástrica, ou que chega diretamente no estômago – sonda gástrica, através de uma gastrostomia. O médico (gastroclínico), através de um procedimento cirúrgico, faz um orifício na barriga onde é colocada uma sonda que leva alimento diretamente ao estômago.
No caso de Flavia que desde a UTI usava a sonda nasogástrica, era necessária a troca por sonda gástrica, até porque a primeira já estava sendo usada por um período considerado longo pelos médicos. Explicaram-me que o uso prolongado dessa sonda não é um procedimento comum, além do que, o pediatra de minha filha me orientou de que em casa a sonda gástrica oferecia mais tranqüilidade. Por isso a cirurgia de gastrostomia foi agendada.
(*) O Botox, muito utilizado para fins estéticos, pode ser também utilizado para fins terapêuticos, com o objetivo de diminuir a espasticidade (hipertonia) comuns em pessoas que sofreram danos cerebrais. Seu efeito no entanto é temporário, e no caso de Flavia, após algumas aplicações mostrou-se pouco eficiente e decidiu-se pela suspensão do uso.
9 comentários
Querida Odele, hoje não sei o que dizer...
Está-se só a passar pela cabeça o sofrimento da Flávia e o teu, como Mãe...
Um beijo grande para ti e para a Flávia e um apertado abraço
Odele, querida amiga,
Vou acompanhando este desenrolar do que aconteceu à tua Flávia ...
palavras ... não há palavras que possam ser ditas ...
somente ficam dois beijinhos grandes: uma para ti e outro para a Flávia ...
Nossa qta gente que agpra deixa comentários por aqui... Fico muito feliz!!! Cada foto tão linda da Flávia pequena... E esse texto do Fê que eu nunca tinha lido... Que saudades de vocês, vou combinar a visita com o Conrado logo... Muitos beijos cheios de carinho para vocês duas!!!
Odele, estou lendo o seu blogue faz tempo e me senti impotente. Só consigo imaginar a dimensão da sua dor, que deve ser muita. É uma mulher forte e com certeza Deus está do seu lado.
Me mande um e-mail
luma2r@gmail.com - que explico o lance do tradutor.
Beijus
Minha querida Odele obrigada pela tua visita e carinho.
Ler seus textos nos faz enxergar que nao temos problemas comparando com o que vc esta passando.
Desejo uma excelente sexta-feira para ti.
Big Kiss
Querida Odele,
Vim desejar para ti, Fernando e Flávia um lindo e doce fim de semana
Beijinhos ternos
Odele, a vida continua, infelizmente para si e Flavia sem mudanças...
Essa ida para casa é do seu agrado?
Beijinho para ambas
Mário Relvas
Odele, vim acompanhar teu relato e te admirar ainda mais... e deixo beijos e um bom final de semana para vc, Flávia, marido e filho...
Beijo
Ambiente hospitalar deixa tudo mais triste...
Um ótimo fim de semana pra vc..