
Mesmo com a recusa do síndico do prédio em dar entrevistas, alguns repórteres conseguiram publicar reportagens sobre o acidente, por exemplo a Tv Bandeirantes e a Folha de São Paulo.
O artigo acima foi publicado pelo jornal "O Estado de São Paulo" do dia 08.01.1998.
A qualquer momento que eu saisse de casa, lá estavam os repórteres na portaria do prédio tentando falar comigo ou com qualquer outro membro da família. E eu sempre fugia da imprensa, sem nem mesmo procurar entender porque fugia. Passado algum tempo eu me daria conta de que teria sido melhor ter botado "a boca no trombone" naquele momento, pois sabemos o peso e a importância que tem a imprensa na divulgação de fatos. Muitas vezes é o trabalho da imprensa que dá notoriedade a um acontecimento, contribuindo para que as autoridades pensem duas vezes antes de tratarem o assunto com descaso. Mas no momento em que uma tragédia nos atinge, é possível que fiquemos atordoados e nossa capacidade de discernir, fica também comprometida. Confesso, fiquei atordoada, amendontrada, sem chão.
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