O poema deste post, dirigido à Flavia, me foi oferecido por Ana Martins, autora do blog AVE SEM ASAS, de Portugal, um país onde eu e Flavia temos muitos amigos e para estarmos juntos, num instante, basta atravessar o mar.
Ana se colocou no meu lugar ao escrever este poema e me comoveu. Me comovem sempre as demonstraçoes de solidariedade e afeto para comigo e minha filha. Amor, amizade, carinho, afeto e solidariedade podem não eliminar a dor "tatuada na alma", mas certamente a torna mais suportável.
"AMO-TE TAL COMO ÉS!
Olhando o teu corpo imóvel e esbelto,
As mãos tremulas segurando nas tuas
Viajo no tempo em que tudo era certo
Esquecendo sem ver o mudar da Lua.
A vida para ti foi madrasta cruel,
Te levou sem pudor toda a alegria
E agora amor o teu viver reflecte
No escuro que preenche o teu dia-a-dia.
O Sol lá fora nasce e se põe,
Brilha sem dores aqui e ali,
Mas o sono que te invade não quer e não tem
A força da vida que vivia em ti.
Tão profundo é o sono que te envolveu,
Que desabrocham e murcham todas as açucenas,
Mas tu minha filha não desfazes o véu
Que forte te impede de ser quem eras!
Ana Martins
Escrito a 16 de Julho de 2009.
Dedico com muito carinho e admiração a ODELE que ao longo de 11 anos tem cuidado e lutado pelos direitos da sua querida Filha FLÁVIA."
Ana, muito obrigada por seu bonito poema, para mim e Flavia - um presente precioso, inesquecível.
Boa semana a todos e até ao próximo post.