Odele e Francisca
Houve uma época em que eu levava Flavia à AACD aqui de São Paulo com certa freqüência. Para quem não sabe AACD é a sigla para: Associação de Assistência à Criança Deficiente. A AACD além de atender pessoas carentes, atende também particulares e conveniados, que é o caso de Flavia. O convênio médico que pago para ela dá direito a que seja atendida em vários hospitais, a AACD inclusive. A AACD além de hospital tem também uma oficina de próteses e órteses e foi lá que fiz as adaptações da segunda cadeira de rodas que Flavia teve que passar a usar. É uma cadeira de rodas muito especial, na verdade, uma cadeira de posicionamento para permitir que uma pessoa que perdeu todo o controle do corpo, como no caso de Flavia, consiga ficar sentada nela por algum tempo que seja.
Pois bem, numa dessas ocasiões, enquanto eu aguardava para falar com o técnico que tiraria as medidas de Flavia para fazer os necessários ajustes na cadeira, conheci uma outra mãe que lá estava também pelo mesmo motivo – Fazer adaptação na cadeira de rodas de sua filha. Mesmo para quem tem convênio médico o tempo de espera para ser atendido na oficina da AACD é bastante grande, ou pelo menos era. Para agüentar o tempo de espera as pessoas começam a conversar umas com as outras, fazem amizades e quase sempre a conversa gira em torno do mesmo tema: - O que aconteceu com sua filha, porque ela ficou assim, etc. etc. As pessoas quase sempre falam sem resistência, querendo mesmo falar, como se isto fosse uma forma de exorcizar a própria dor.
Numa dessas longas esperas, enquanto Flavia deitada numa maca aguardava sua vez de ser atendida, Francisca, mãe de Mariana, conversava comigo. Sua filha que estava numa condição “melhorzinha” que Flavia, mesmo amparada pela mãe, conseguia aguardar sentada. Francisca fez questão de mostrar as fotos da filha – linda - antes do acidente que a deixou tetraplégica e também em coma vigil. A mãe estava com a garota em um ponto de ônibus e um homem dirigindo seu carro em alta velocidade, perdeu o controle da direção, subiu na calçada onde estavam mãe e filha e atropelou ambas. A mãe ficou mancando de uma perna e a filha, tetraplégica e em coma vigil. Isto acontecera três anos antes.
Chamou minha atenção o bom humor de Francisca. Contava-me por exemplo que no dia anterior, precisando levar a filha numa consulta médica, ao descer do ônibus, - ela se locomovia de ônibus!! - segurando a filha junto ao corpo e com a outra mão segurando a cadeira que já estava há tempos precisando de manutenção, esta lhe escapou das mãos e saiu rolando ladeira abaixo, só parando quando alguns transeuntes conseguiram segurá-la. Por “sorte”, dizia ela, a cadeira não “atropelou ninguém enquanto desgovernada, descia a rua. E isto Francisca contou sorrindo.
Chegou a vez de Flavia e entrei com ela na sala de atendimento. Ao sair, estava lá me esperando o motorista com a VAN contratada por mim especialmente para levar Flavia àquela consulta na AACD. Gentil e prestativo, o motorista me ajudou a acomodar Flavia na VAN e ajeitou como pode a cadeira de rodas, um trambolhão que não cabe em qualquer carro.
Fiquei pensando em dar uma carona para Francisca e sua filha, mas não havia como, pois além dela ainda estar aguardando para ser atendida, a VAN por mim contratada só cabia, e justinho, Flavia e a sua enorme cadeira de rodas/posicionamento. Voltei para casa pensando naquela mãe e em sua filha. Ter que ir ao hospital com a filha naquelas condições, de ônibus e ainda assim, mostrar um invejável bom humor, transformando em piada um episódio que faria muita gente chorar, era algo que me fazia pensar. Ela, Francisca, sorria e com isto tornava tudo mais leve e ela própria se tornava mais leve. Adorei estar e conversar com Francisca.
Esta foi uma das muitas das lições que ao longo destes 10 anos com Flavia em coma, venho aprendendo. É preciso que nos tornemos mais leves e não falo de “fazer de conta” que estamos bem, rir para o outro mas chorar escondido. É preciso querer estar bem. Estar predisposto a ficar bem, já é um passo à frente. Há dias em que a dor bate forte em nós? É, bate mesmo. Mas não façamos da dor uma arma pronta a ser usada contra as pessoas. Leveza, delicadeza e bom humor, não modificam uma dura realidade, mas certamente a fará mais suportável.
Até o próximo post.
Pois bem, numa dessas ocasiões, enquanto eu aguardava para falar com o técnico que tiraria as medidas de Flavia para fazer os necessários ajustes na cadeira, conheci uma outra mãe que lá estava também pelo mesmo motivo – Fazer adaptação na cadeira de rodas de sua filha. Mesmo para quem tem convênio médico o tempo de espera para ser atendido na oficina da AACD é bastante grande, ou pelo menos era. Para agüentar o tempo de espera as pessoas começam a conversar umas com as outras, fazem amizades e quase sempre a conversa gira em torno do mesmo tema: - O que aconteceu com sua filha, porque ela ficou assim, etc. etc. As pessoas quase sempre falam sem resistência, querendo mesmo falar, como se isto fosse uma forma de exorcizar a própria dor.
Numa dessas longas esperas, enquanto Flavia deitada numa maca aguardava sua vez de ser atendida, Francisca, mãe de Mariana, conversava comigo. Sua filha que estava numa condição “melhorzinha” que Flavia, mesmo amparada pela mãe, conseguia aguardar sentada. Francisca fez questão de mostrar as fotos da filha – linda - antes do acidente que a deixou tetraplégica e também em coma vigil. A mãe estava com a garota em um ponto de ônibus e um homem dirigindo seu carro em alta velocidade, perdeu o controle da direção, subiu na calçada onde estavam mãe e filha e atropelou ambas. A mãe ficou mancando de uma perna e a filha, tetraplégica e em coma vigil. Isto acontecera três anos antes.
Chamou minha atenção o bom humor de Francisca. Contava-me por exemplo que no dia anterior, precisando levar a filha numa consulta médica, ao descer do ônibus, - ela se locomovia de ônibus!! - segurando a filha junto ao corpo e com a outra mão segurando a cadeira que já estava há tempos precisando de manutenção, esta lhe escapou das mãos e saiu rolando ladeira abaixo, só parando quando alguns transeuntes conseguiram segurá-la. Por “sorte”, dizia ela, a cadeira não “atropelou ninguém enquanto desgovernada, descia a rua. E isto Francisca contou sorrindo.
Chegou a vez de Flavia e entrei com ela na sala de atendimento. Ao sair, estava lá me esperando o motorista com a VAN contratada por mim especialmente para levar Flavia àquela consulta na AACD. Gentil e prestativo, o motorista me ajudou a acomodar Flavia na VAN e ajeitou como pode a cadeira de rodas, um trambolhão que não cabe em qualquer carro.
Fiquei pensando em dar uma carona para Francisca e sua filha, mas não havia como, pois além dela ainda estar aguardando para ser atendida, a VAN por mim contratada só cabia, e justinho, Flavia e a sua enorme cadeira de rodas/posicionamento. Voltei para casa pensando naquela mãe e em sua filha. Ter que ir ao hospital com a filha naquelas condições, de ônibus e ainda assim, mostrar um invejável bom humor, transformando em piada um episódio que faria muita gente chorar, era algo que me fazia pensar. Ela, Francisca, sorria e com isto tornava tudo mais leve e ela própria se tornava mais leve. Adorei estar e conversar com Francisca.
Esta foi uma das muitas das lições que ao longo destes 10 anos com Flavia em coma, venho aprendendo. É preciso que nos tornemos mais leves e não falo de “fazer de conta” que estamos bem, rir para o outro mas chorar escondido. É preciso querer estar bem. Estar predisposto a ficar bem, já é um passo à frente. Há dias em que a dor bate forte em nós? É, bate mesmo. Mas não façamos da dor uma arma pronta a ser usada contra as pessoas. Leveza, delicadeza e bom humor, não modificam uma dura realidade, mas certamente a fará mais suportável.
Até o próximo post.
54 comentários
Cara amiga: leio os teus textos com um misto de respeito, admiração e ternura.
E, sendo um pedaço mais velho do que tu, aprendo contigo muitas lições de vida.
Porque, muitas vezes, sobredimensionamos os nossos problemas que, muitas vezes, são, afinal, probleminhas insignificantes.
Situações como a que vives, ou que a Francisca vive, ou que muita outra gente vive (neste momento, há um familiar próximo que está numa situação muito complicada)são bem mais exigentes e pesadas do
que aquelas coisas menores que teimamos em considerar como intransponíveis.
É por isso que hoje, ao divagar sobre o conceito de coragem, tomei a liberdade de invocar o teu exemplo.
Um beijo para vós as duas.
Muito interessante a forma que descrevestes este cotidiano com flávia integrando-se a outros pacientes e famílias. Neste momento sentimos a cruz que carregamos e imaginamos que a dos outros tb é pesada. Sei que não é facil, mas levante sua cabeça e agradeça a Deus por ser guerreira, mãe e exemplo para mulheres do mundo inteiro! bj Odele e carinhoso afeto para Flávia....
Por este motivo que estou aprendendo a agradecer mais e mais a cada dia com vocês. Odele, leciono aulas particulares, e, você sabe que quem geralmente procura são os de maior aquisição. Num condomínio de elite, daqui, uma mãe com três lindos filhos, poder aquisitivo "daqueles", só reclama!!! Reclama da segunda, das tarefas que ela acha melhor "jogar" pra mim. Ontem, ao chegar em casa, comentei com mamãe, talvez " se ela não tivesse tanto seria muito feliz, viveria tranquila e aprenderia a viver o dia-a-dia da Francisca. Que lição, hein? Imagine que devam existir milhares nesta situação. E, eu, que também reclamo quando o João Pedro faz a "baguncinha" dele ... mas sei que só devo agradecer, ele está cheio de saúde, todos que o cercam o amam, ele ama nadar, assim com Flavinha também amava! Ah, minha amiga, mãe é tudo nesta vida, não? Você que o diga! Uma combatente em nome do amor!!! Fiquem com Deus, uma doce semana à você, Flavia e Fernando. Eliana.
Odele
Foi com profunda emoção que li o seu texto até ao fim. Na realidade as pessoas atingidas pela adversidade vão buscar forças antes insuspeitas e depois de perderem quase tudo ainda descobrem que têm muito, talvez ainda mais, a dar aos outros.
Lidar com a adversidade de forma positiva é para os muito grandes. Vergo-me a si Odele e, naturalmente, a à Francisca.
Um texto para meditar.
Beijinhos
Comovente este teu relato querida Odele.
Gostei imenso e nem sei mais que dizer ... simplesmente que cada vez te admiro e respeito mais ...
"É preciso querer estar bem. Estar predisposto a ficar bem, já é um passo à frente. "
beijinhos amigos
Odele. Ando ausente pq meu computador bom queimou e estou a bordo de um windows 98 que demoooooooooora a abrir qualquer coisa. Mas estava com saudades do cantinho da Flavia e chego num dia fantástico, pra aprender mais uma lição contigo. Andei amuada, sem vontade de nada, hoje, como há muito, tive disposição e alegria para enfrentar minha rotina. É ridículo como a gente se abate com besteira, sem ver o que importa mesmo. Por isso, te agradeço.
bj
Odele
Tomei conhecimento do seu blog através de blogs que visito, (peciscas por exemplo) e não só, impressionou-me o caso da Flávia e também a sua imensa coragem! pois como Peciscas diz, são pessoas como a Odele que nos demonstram a verdadeira coragem, hoje ao ler este seu post, não resisti a comentar, pessoas como a Odele e a Francisca merecem-me um imenso respeito e admiração!
Um abraço
Oi, Odele!
Ao ler um relato desses, a gente se envergonha por tantas lamentações banais.
Felizmente, costumo reagir rapidinho e retomar o caminho, mas ainda tenho muito que aprender...
Um beijinho carinhoso.
Bom dia Odele,
Nem sei o que dizer, sei que nestas horas, sabemos que há pessoas com problemas mais sérios do que nós e conseguem sorrir da "desgraça".
Com certeza tudo isso, nos faz amadurecer mais e mais.
Deus é muito poderoso, qdo menos imaginamos ele nos mostra algo.
Vc é maravilhosa, amo vc e Flavinha.
beijinhos.
Priscila Coimbra
Olá Odele.
Não tenho palavras que consigam diminuir o vosso sofrimento.
Admiro a coragem que tem.
Só consigo dizer:
Que Deus ajude a Flavia e que dê muita força à familia.
Um grande abraço cheio de solidariedade,respeito e admiração.
olharbiju(alice)-Portugal
É a vida mesmo no meio do maior problema tem momentos pitorescos.
São lições de vida que marcam e aliviam as nossas dores.Uma das coisas que aprendi,quando a negatividade egoista do meu pensamento fazia de mim a pessoa mais infeliz do mundo,foi ver as dores dos outros e pensar como eu lidaria com elas.Por pior que estejamos na vida há sempre alguém pior do que nós.Obrigado por contar esta história, ela ajudou a entender melhor a sua coragem.
Um beijo
Odele,
Estava a ler este post, com um nó na garganta, e pensando ao mesmo tempo que se toda a gente lesse um relato destes todos os dias de manhã, a vida seria bem mais gostosa.
Porque vivemos a queixando-nos de isto e daquilo, de invejinhas e
caprichos, de um que fez e não devia fazer, de vingancinhas tão
pueris!
Só tenho isto para te dizer, Odele.
Um grande abraço à Mãe Coragem e outro para a Flávia, no seu sonho...
Querida Odele,
Vim saber notícias tuas e da Flávia e não posso deixar de te manifestar mais uma vez a minha admiração pela tua força. As pessoas que sofrem são os exemplos para as pessoas que se queixam por tudo e por nada. Até fico envergonhada por me ter queixado de ter perdido o conteúdo do meu blog !
O mendigo com que falo todos os domingos à saída da missa malgrado a miséria que carrega na cara e no corpo está sempre bem disposto, diz uma piadas e tem muita fé em Deus. É um exemplo para mim !
Beijinhos verdinhos para ti e para a querida Flávia que continua presente nas minhas orações.
um relato sincero
com ternura, amizade e amor pelo
próximo. com vivências sofridas.
:-)
Odele, tens um mimo no cabeçalho
do meu blog.
:-)
bjs
Odele, seus posts são sempre uma lição para nossos dias cheios de coisas pequenas que valorizamos excessivamente ou daquelas coisas pequenas mas valorosas que deixamos passar sem notar.
Tem um prêmio para você lá no blog!
um beijo carinhoso!
http://ofuturodopresente.blogspot.com/
Bom dia querida,
passei para te desejar um bom fim de semana
beijinhos com carinho
Sim, Odele. Eu tb acho que a leveza da vida é essencial pra uma qualidade de vida superior. Todo mundo tem problemas, uns mais complexos e outros menos, mas apesar do abalo emocional, não podemos deixar que isso guie as nossas vidas. O otimismo tem que fazer parte de tudo, principalmente hoje em dia com esse mundo em que vivemos. Te admiro e te respeito pela sua força e determinação. Rezo sempre por vcs. Beijo grande!
Nunca podemos perder a esperança.
Notícia de hoje:
Menina acorda de coma e poderá depor contra agressor
Uma jovem americana de 14 anos que foi espancada até entrar em coma, há dois anos, poderá ser a testemunha-chave do julgamento de seu suposto agressor.
http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2008/02/29/menina_acorda_de_coma_e_podera_depor_contra_agressor_1210557.html
O link da notícia:
http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2008/02/29/menina_acorda_de_coma_e_podera_depor_contra_agressor_1210557.html
http://ultimosegundo.ig.com.br/
Passando para desejar u excelente final de semana e parabenizar pelo excelente post.
Big Kiss
Odele
Mesmo quando carregamos uma grande dor, temos de tentar manter um equilíbrio das emoções e dos sentimentos, para conseguirmos continuar a cumprir as tarefas a que nos propomos. É esse espírito que eu admiro em si.
Abraço do Zé
Odele amada filha de Deus,sabe o por que desse carinho todo ? Porque a conclusão desse post me tocou muito ,eu tb costumo brincar muito e não dramatizar a minha existência nesse momento difícil que estou passando,agora estou quase deixando de choramingar pelos cantos me sentindo a última coitadinha do mundo ,as eu fazia de conta e depois sofria escondidinha e escrevia no blog post que até apaguei de tão dramáticos que eram,hoje tive uma recaída mas mesmo antes de ler teu post eu apaguei a tristeza do meu blog e da minha pessoa.Desculpa a carta ,mas vc já é muito querida por mim.
Drika
fashion-family.zip.net
Olá Odele!
Encontrei o seu blog por acaso no blog "De cara pra Lua". Fiquei emocionada e impressionada com a história.
Quando era pequena, as pessoas me diziam para não nadar perto do ralo das piscinas pq eles podiam sugar as pessoas. Eu não acreditava nisso, achava que era só algo que me diziam para me fazer não nadar até o fundo.
Cheguei até a nadar várias vezes por cima dele para ver se sugava mesmo. Agora percebo o tamanho do perigo que estava correndo.
Peço a Deus para que ele faça a justiça prevalecer para que vcs possam descansar. Por que a justiça da terra pode não ser correta, mas a de Deus é. E ele não deixará você na mão, pode ter certeza, ainda mais com todas as pessoas que visitam este blog!
Que Deus te abençoe!
Bjux!
Odele
Vim desejar-lhe um bom fim de semana
Beijinhos
Odele
Que linda a Francisca.
Carrega a cruz dela com classe.
O mundo carece de mais Franciscas, realmente precisamos trabalhar a nossa parte e servir de exemplo e assim sucessivamente.
Beijinhos a vc e Flavia.
Bom final de semana.
Minha querida amiga, tenho estado sem net e já morria de saudade!!! Beijinhos grandes e voltarei para ler com calma...
Odele qué bonito que cuentes estas vivencias, es grato encontrarse con personas con buen humor.
Me permito, si me dejas, ríe mucho Flavia lo percibirá!!!, el buen humor me ha venido ayudando hace unos años y reír, bailar, cantar a pesar de los incovenientes, la vida se hace más facil.
AMIGA en
http://gracielaroth.blogspot.com/2008/02/los-nominados-son.html
encontrarás un Premio/Abrazo/Arrullo
es una caricia para una mamá en grande!!!.Beijos (chuik, chuik) y unos abrazos enormes para tí, Flavia y Fer!!!
É preciso querer estar bem. Estar predisposto a ficar bem, já é um passo à frente. Há dias em que a dor bate forte em nós? É, bate mesmo. Mas não façamos da dor uma arma pronta a ser usada contra as pessoas. Leveza, delicadeza e bom humor, não modificam uma dura realidade, mas certamente a fará mais suportável.
............................
Aplaudo-te de pé e de pé estarei sempre contigo porque és uma lição de vida!
Beijocas sinceras
Uma das lutas que tenho com o meu marido, é tentar que ele compreenda e aprenda, que apesar da doença grave que tem (esclerose múltipla) há um caminho que ele pode percorrer, baseado na auto-confiança, que todos nós aqui de casa lhe tentamos passar. Mas não tem sido fácil ele aceitar, decorridos que são mais de oito anos depois do conhecimento da doença, ele aceitar, que há quem esteja bem pior do que ele (o seu estado presente é estável)e consegue ver algum colorido, que a Vida ainda lhe proporciona.
Acabei de imprimir este relato, na vã tentativa que ele o consiga ler (a maior parte das vezes, não lê nada e pôe de lado) e possa perceber que temos que agradecer todos os Momentos, que conseguimos ainda ter...
Um abraço carinhoso de AMIZADE
Queridas, passei para vos deixar um grande beijinho, e votos de um excelente fim de semana.
Peço desculpa por passar a correr, mas estou a ser atacado nos meus blogs por pessoas que enfim, tenho de me defender, e defender o bom nome dos meus artigos.
Passarei com mais calma quando os ânimos serenarem, nada que eu não consiga resolver.
Um grande beijão para vcs do Beezz.
Olá, olá!
Passei para vos desejar um bom fim-de-semana.
Beijokas!!!
Ao ler este texto, sinto-me mais forte e mais amparado por todos aqueles, que tal como eu, de uma ou de outra forma, sentem a dor de uma forma constante em suas vidas.
Um grande, enorme, imenso beijinho a Flávia. Que as recentes adaptações ocorridas na sua cadeira de rodas/posicionamento, lhe confiram maior bem estar, e uma vivência mais confortável, pois Flávia merece tudo e sua mãe Odele faz tudo, para que Flávia viva com todo o conforto.
Um texto que é uma boa lição de vida!
Um abraço para as duas.
Jorge G.
faz-nos tão bem ler este testemunho, gostei particularmente de dizeres "não falo em fazer de conta que estamos bem...", mas querer estar bem, por nós pelos outros, isso é força de viver, é saborear a vida , encarando a dor com uma oportunidade de descobrir o que para muitos está oculto ...obrigada por não te revoltares e lutares tanto pela tua filha precisamos de exemplos de vida assim.força e um abraço para ti e Flávia
Amiga,
Que texto emocionante, que forma tão realista de sentir!
Concordo com você no seu parágrafo final!
:-) beijinhos para si e para a Flávia
Odele:
Como sempre, seus posts transparecem de otimismo e coragem. Você é uma pessoa abençoada por haver aprendido a encarar as coisas com semelhante disposição e Flavia é abençoada por ter uma mãe dedicada e otimista como você. Parabéns e muita força!
Um abraço
Odele, nossas palavras têm um poder incrível e podem ser comparadas a sementes. Tenha certeza, além de Flavia e Fernando você continua a semear com doces palavras, apesar do tamanho sofrimento em nome da menina Flavia. Uma boa-noite à vocês, meus queridos, e, um bom início de semana para todos nós!!! Eliana - Mogi Guaçu -SP
Odele
Já anunciei no Silêncio Culpado um novo ciclo de textos e, desta vez, relativo a pessoas com incapacitação. Vou demorar-me em cada caso o tempo que for preciso. Haverá vários textos e eu gostaria de publicar também este que tem aqui que acho excelente.
Se a Odele puder, o texto, de minha autoria, sobre os idosos está publicado no blog 7Pecados Mortais.
Beijinhos
Odele,han compartido un premio conmigo y yo a la vez he querido compartirlo contigo, si entras en Campanita de Barzaires ya lo verás.
Un beso enorme para ti y para Flavia.
também ao te ler tiro sempre alguma lição de vida...
Beijos para vocês.
BF
Olá, olá, Odele!
O Manias também decidiu atribuir-vos um selo. Passe lá para pegar.
Beijokas às duas!
Odele
Obrigada por ter visitado o meu blog, é com imenso prazer e orgulho que o vejo fazendo parte dos favoritos de Flávia. O poema que se refere foi escrito nos tempos em vivíamos em ditadura, e nessa altura as próprias mãos se poderiam transformar em "armas", o que não quere dizer que fossem para matar ou ferir alguém, pois também com amor e carinho se pode lutar contra a opressão! se as palvras eram e são, elas também uma arma! lembrei esse poema porque acho que hoje estamos atravessar tempos difíceis, e que precisamos de nos lembrar que é possível sempre ser Livre! Penso que a Odele é um exemplo vivo disso mesmo, pois é com Amor e carinho que luta todos os dias contra a injustiça que lhe fazem.
um Abraço
Passei para deixar um abraço. Sempre que passo aqui recebo lições de vida.
"Leveza, delicadeza e bom humor, não modificam uma dura realidade, mas certamente a fará mais suprtável".
Beijos.
Odele querida!
Quando leio seu blog, parece que estou ouvindo vc falar, e a impressão que tenho é de calma e precisão. Nós estamos mesmo na vida é para aprender, com cada minutinho. Basta olharmos do lado para vermos que não estamos sós com nossos problemas.
Dê um abracinho na Flávia por nós.
Sueli, Sueny e Bruna
Guerreira tu és lição de casa obrigatória. Só se aprende a ser gente, com gente como tu.
Inclino-me
Felizmente tem pessoas que conseguem levar a vida com mais leveza para enfrentar os seus poblemas, como o meu amigo Péricles...
beijo
Minha querida Odele, a Drika está com post novo, e, acho que ela está precisando de opiniões!!!Que tal uma "ajudazinha"? Beijos à todos!!! Elianinha.
Odele
Que que existe pessoas como vc ,
sou professora e acho que a educacao deveria ter mais valorizacao pelos governantes e o povo ir pra rua reivindicar seus direitos!
Ainda bem que existe mulheres como vc!!!
seu blog e fantastico!
vou linka-lo
elisabetecunha.wordpress.com
OI AMIGA!!
LINDO POST!!
LINDA FRANCISCA
... SÃO PESSOAS COMO FRANCISCA QUE CRUZAM EM NOSSO CAMINHO QUE NOS FAZ APRENDER ALGO... MOMENTOS PEQUENOS QUE SE TORNAM GRANDIOSOS NÉ?
UM ENORME ABRAÇO EM VC EM FLAVINHA!!
SUPER BJO
Olá Odele, como sempre os seus textos são super profundos. Gostaria de saber expressar na escrita a minha admiração e respeito por vc, não consigo, mas vou continuar tentando.... e com muito humor.
Beijão. Roseli
Odele,
Adorei ler este texto.
Realmente é com pessoas como Francisca e você que aprendemos a verdadeira sabedoria de viver e nos apercebemos como o humor é um lenitivo para a dor e como todos nós o deveriamos saber usar, não daríamos concerteza tanta importância a probleminhas de nada que vamos tendo no dia a dia.
Um bem-haja por nos transmitir sentimentos e experiências tão bonitas!
Beijinhos.
Branca
Odele: É esse mesmo o caminho, nada de negativismo, e sim alegria e brincadeirinhas com a Flavia, viu? Abraço, Roque.