Ao chegar ao hospital nesse vigésimo dia em que Flavia estava na UTI, a enfermeira, ao abrir a porta foi logo me dizendo que Flavia estava muito mal e precisando urgentemente de uma transfusão de sangue, pois o nível de plaquetas no organismo dela havia caído drasticamente. Muito aflita saí pelos corredores do hospital à procura do banco de sangue para que tirassem de mim o sangue necessário à Flavia, mas me disseram que eu não poderia doar sangue para ninguém por estar tomando antibiótico devido à fratura no braço. Além disso, pediam a doação de sangue de pelo menos 10 pessoas. Telefonei então para a HP e falei com Golbert. O assunto foi para o RH da empresa e rapidamente surgiram voluntários para doar o sangue de que Flavia precisava. Amigos e conhecidos de fora da HP também compareceram ao hospital e em pouco tempo o sangue doado ultrapassava em muito o solicitado. O hospital acabou agradecendo pois o sangue que sobrasse seria usado por outros pacientes.
Ao voltar para casa à noite para fazer companhia à Fernando e descansar, me peguei pensando no quão forte é o amor que as mulheres têm por seus filhos. Este amor é mesmo o laço de afeto mais forte que temos com a vida. Me veio então à mente uma frase de uma mulher de nome Elizabeth Stone, que diz:
"A decisão de ter um filho é muito séria.
É decidir ter, para sempre,
o coração fora do corpo"
Um comentário
Odele, teclei, deletei, tentei nada me vem à mente, só posso dizer que se estou tentando transmitir algo, quiçá não há como ser expressada, é algo que transcende, se sente é o amor, este sentimento que une as pessoas, espero sinceramente que consigas vencer não só a batalha judicial, mas, também, a fadiga, o desânimo que porventura lhe apoderar, que possas sempre continuar lutando, batalhando e acreditando na Vida. abraços