Este post contém trechos da entrevista que dei para o jornal O Diário de São Paulo, do dia 09/09/2007. A entrevista foi realizada por Isis Brum e a ênfase foi dada para o perigo dos ralos de piscinas.
“..... Flavia Souza Belo, 19 anos, sofreu parada cardiorespiratória depois de ter o cabelo preso no ralo da piscina do condomínio onde morava, em Janeiro de 1998. E quase morreu afogada por conta disso.
Acidentes do tipo podem acontecer em qualquer piscina, de qualquer condomínio, clube ou hotel. O perigo está nos detalhes que envolvem a instalação do ralo. Se não forem colocadas corretamente, essas peças podem funcionar como ferramentas assassinas escondidas embaixo d’água. As meninas são as principais vítimas, por terem o cabelo comprido. Os fios se enroscam e não soltam, mesmo que o motor seja desligado.
“NÃO FOI FATALIDADE, FOI NEGLIGÊNCIA".
Desde o acidente com a filha Flavia, Odele Souza enfrenta uma batalha judicial, para receber, na Justiça, uma indenização pelo acidente que, na opinião dela, poderia ter sido evitado.”Não foi fatalidade, foi negligência”. Ela processou o condomínio e o fabricante do ralo.
Segundo a mãe de Flavia, o ralo da piscina foi trocado por outro mais potente para que os moradores tivessem a água aquecida.”Não houve nenhuma consulta técnica para fazer a mudança”, diz. Para ela os ralos deveriam ter sua venda restrita, devido aos riscos que podem apresentar.
A mãe de Flavia criou um blog na Internet. (menciona o endereço deste blog) Nele Odele lista os casos semelhantes ao de sua filha, divulgados pela imprensa.”Esses acidentes são mais comuns do que se imagina”, explica ela.
Casos no exterior
Neste ano houve dois registros semelhantes no exterior. Nos EUA uma menina de seis anos teve parte dos intestinos sugados e sobreviveu com seqüelas. Na Rússia um adolescente de 14 anos morreu.
Memória
Duas morreram em Motel de Pinheiros.
Em 2005, a dona-de-casa Lucimeire Pereira dos Santos, de 29 anos, foi com o namorado ao Motel Astúrias, em Pinheiros. Seu cabelo ficou preso no ralo da piscina de uma suíte. Ela teve parada cardíaca e morreu. Quatro anos antes, uma garota de programa morreu após ter os cabelos presos no ralo de uma piscina do mesmo motel. Funcionários até cortaram seu cabelo com uma faca, mas não conseguiram salvá-la.”
*** FIM DA REPORTAGEM * **
“..... Flavia Souza Belo, 19 anos, sofreu parada cardiorespiratória depois de ter o cabelo preso no ralo da piscina do condomínio onde morava, em Janeiro de 1998. E quase morreu afogada por conta disso.
Acidentes do tipo podem acontecer em qualquer piscina, de qualquer condomínio, clube ou hotel. O perigo está nos detalhes que envolvem a instalação do ralo. Se não forem colocadas corretamente, essas peças podem funcionar como ferramentas assassinas escondidas embaixo d’água. As meninas são as principais vítimas, por terem o cabelo comprido. Os fios se enroscam e não soltam, mesmo que o motor seja desligado.
“NÃO FOI FATALIDADE, FOI NEGLIGÊNCIA".
Desde o acidente com a filha Flavia, Odele Souza enfrenta uma batalha judicial, para receber, na Justiça, uma indenização pelo acidente que, na opinião dela, poderia ter sido evitado.”Não foi fatalidade, foi negligência”. Ela processou o condomínio e o fabricante do ralo.
Segundo a mãe de Flavia, o ralo da piscina foi trocado por outro mais potente para que os moradores tivessem a água aquecida.”Não houve nenhuma consulta técnica para fazer a mudança”, diz. Para ela os ralos deveriam ter sua venda restrita, devido aos riscos que podem apresentar.
A mãe de Flavia criou um blog na Internet. (menciona o endereço deste blog) Nele Odele lista os casos semelhantes ao de sua filha, divulgados pela imprensa.”Esses acidentes são mais comuns do que se imagina”, explica ela.
Casos no exterior
Neste ano houve dois registros semelhantes no exterior. Nos EUA uma menina de seis anos teve parte dos intestinos sugados e sobreviveu com seqüelas. Na Rússia um adolescente de 14 anos morreu.
Memória
Duas morreram em Motel de Pinheiros.
Em 2005, a dona-de-casa Lucimeire Pereira dos Santos, de 29 anos, foi com o namorado ao Motel Astúrias, em Pinheiros. Seu cabelo ficou preso no ralo da piscina de uma suíte. Ela teve parada cardíaca e morreu. Quatro anos antes, uma garota de programa morreu após ter os cabelos presos no ralo de uma piscina do mesmo motel. Funcionários até cortaram seu cabelo com uma faca, mas não conseguiram salvá-la.”
*** FIM DA REPORTAGEM * **
O que é preciso e urgente, é que acidentes deste tipo causados por ralos de piscinas funcionando de forma inadequada, não continuam a fazer vítimas. E em acontecendo que os responsáveis, sejam, também com urgência, severamente punidos. Isto, todos sabemos, não depende só da atuação de um brilhante advogado, depende da atuação dos juizes.
13 comentários
Sem dúvida uma boa cchamada de atenção
jnhs
Odele
Uma entrevista que dá visibilidade ao caso e lhe permite não parar a sua luta.
Vai vencer!
Bom fim-de-semana.
Bjo
Por muito bom que o advogado seja, a justiça depende sempre e exclusivamente da competência e sobretudo da HONESTIDADE dos juízes, enquanto tal. Acontece que «juízes funcionários» não faltam, mas «JUÍZES» verdadeiros braços da JUSTIÇA, escasseiam.
Assim vai o mundo.
Boa semana
Boa chamada de atenção é muitas são poucas
Saudações amigas com um beijo
Minha querida Odele,
Admiro a sua luta!
É verdade que todos devemos fazer esta divulgação.
Hoje mesmo voltei a enviar este post para vários amigos.
É realmente uma tristeza que um assunto que já tem levado a vida de tantas pessoas nunca mais seja resolvido em concreto pelas autoridades.
Beijinhos
Alexandra Caracol
O único caminho é insistir no aviso para estas situações!
Um abraço grande para as duas e desejos de uma boa semana que se avizinha.
A comunicação social, por vezes é a alternativa à burocrática justiça.
Para além disso é uma óptima advertência e sensibilização para os perigos que Flavia passou e outras crianças correm o risco de repetir.
Abraço amigo
Saudações com um beijo
Veo que continuas incasável na tua cruzada.
bem hajas por isso
Um abraço
Força, não baixar aguarda na luta justa!
Um bjnh. para a Flavia e outro p'ra mamãe Odele.
Correcção: "...não baixar a guarda...", obviamente.
Jorge G.
Odele, só hoje tomei conhecimento da sua realidade.
Não me atrevo a dizer que imagino o quanto sofre, porque acho isso impossível. Admiro a sua força, a sua tenacidade nesta luta já tão longa e, no entanto, tão longe de um final feliz.
Se as minhas palavras de mãe e avó lhe derem algum conforto, conte com elas. E muda de comoção lhe deixo o meu abraço
Ola... meu nome é José e posso dizer que não sei o pq hj resolvi buscar no Google noticias sobre a morte de minha irmã Lucimeire Pereira dos Santos, que morreu fogada no Motel Asturias qdo teve sues cabelos tragados pela bomba de sucção. Ainda sinto muito dor pela falta da minha irmã e minha mãe quase teve sua fé em Deus abalada por não entender pq Deus tirou a filha dela, mas hj só o que fazemos é pedir a Deus que tenha minha irmã em bom lugar. E venho tb me solidarizar com a sua dor, pois vc tem a sua filha ao teu lado mas ela não pode aproveitar a vida que merece. Tomei conhecimento de seu casa a algum tempo atras qdo estava procurando um apto para comprar, mas não me aprofundei no assunto. Fiquem com Deus e pode ter certeza que voce e sua filha serão recompensadas por Ele, pois tudo tem uma razão nessa vida!!!!