Este blog, criado em janeiro de 2007, é dedicado à minha filha Flavia e sua luta pela vida. Flavia vive em coma vigil desde que, em 06 de janeiro de 1998, aos 10 anos de idade, teve seus cabelos sugados pelo sistema de sucção da piscina do prédio onde morávamos em Moema - São Paulo. O objetivo deste blog é alertar para o perigo existente nos ralos de piscinas e ser um meio de luta constante e incansável por uma Lei Federal a fim de tornar mais seguras as piscinas do Brasil.

Ter uma piscina: Um direito e uma responsabilidade

- 27 de novembro de 2011

Foto retirada do blog Piscina Segura, Colômbia.

Ter uma piscina não é só um direito. É também uma responsabilidade. Cobre essa responsabilidade dos locais onde seus filhos nadam. Estejam eles nadando em uma piscina pública, coletiva ou residencial. As estatísticas mostram que os acidentes causados pela sucção dos ralos ocorrem em qualquer tipo de piscina.
Normalmente os pais cuidam para que seus filhos pequenos não fiquem sozinhos na piscina pois se preocupam com quedas e afogamentos comuns. Mas qual  pai ou a mãe  vai imaginar que seus filhos mais crescidinhos e que sabem nadar, possam ficar presos ao fundo da piscina por terem seus cabelos ou membros sugados pela sucção do ralo?!

Por isso não é justo colocar a responsabilidade  nos pais, por  acidentes causados pela sucção dos ralos das piscinas,  já que estes não têm conhecimentos técnicos para saber se a piscina onde seus filhos nadam está ou não funcionando dentro dos padrões de segurança. Essa responsabilidade cabe aos  fabricantes de piscinas e seus  respectivos sistemas de sucção  e aos administradores das piscinas.

Como me foi informado por peritos em segurança de piscinas,  para ser considerada segura, a piscina  deverá ter  pelo menos dois ralos de fundo e  instalados dispositivos de segurança que evitam a sucção dos ralos,  como tampas anti aprisionamento e SSLV - sistema de segurança de liberação de  vácuo que desliga imediatamente  a moto bomba em caso de obstrução do ralo. 

Esses dispositivos de segurança  que evitam a sucção dos ralos das piscinas foram sugeridos na proposta de emenda à Lei Federal para Segurança nas Piscinas que  eu, mãe de Flavia que ficou em coma e Antônio Santos, pai de Luiza, falecida em Fevereiro de 2011, por terem ambas os cabelos sugados pelo sistema de sucção da piscina onde nadavam, e mais Augusto Araújo e Lawrence Doherty,  peritos em segurança de piscinas, entregamos ao relator da lei em Agosto de 2011, em Brasília. Infelizmente de lá pra cá, por mais tentativas que eu tenha feito, não consegui resposta aos vários e-mails e telefonemas que fiz para Brasília, em busca de notícias da Lei. 

Até o próximo post.

8 comentários

Fatyly disse...

Mais um magnífico post num grito de alerta sobre acidentes fatais ou não devido à incúria de meia dúzia que julgam que tudo só acontece aos outros.

Não desanimes, continua a batalhar/insistir como eu porque "àgua mole em pedra dura, tanto bate que fura", ditado português mas que é uma realidade e quando menos esperares terás/terão/teremos essa lei por terras brasileiras.

Um beijo em Flavia e outro para ti, com grande, mas grande amizade e carinho

Luísa Nogueira disse...

Foi com emoção, Odele, que li seu blog - não li todo mas, com certeza, logo terei lido. Desconhecia todo esse perigo nas piscinas. A nossa foi instalada a alguns anos, não sei se existe alguma segurança. Com seu alerta, vou verificar com urgência!
Amiga, sei e compreendo sua dor e a de sua filha. Só mesmo Deus para nos ajudar e nos dar força!
Bjs!

Jessica Santanielo disse...

Odele, que seus posts, alertem a sociedade referente a esse perigo desconhecido por muitos. Comentei com minha amigas, sobre o caso de Flávia, e procuro alertar as pessoas que conheço.
Que você e Flávia fiquem na benção de Deus, e que em nome de JESUS o milagre aconteça na vida de Flávia.

Pequeno Futuro disse...

Ola odele muito bom na ana maria uma pena que foi pouco tempo, e que é de manha nen todas as pessoas assistem mais mesmo assim ja é um, alerta muito bom!
Boa semana para você e para flavia, e ja desejando um feliz natal a todos e que Deus ilumine!

Marina (Rio de Janeiro) disse...

Querida Odele, descobri há alguns dias a existência desse blog, e confeço que fiquei não somente envolvida pela bela história construída por você e Flávia, mas também preocupada em relação à essa questão da falta de segurança nas piscinas. O fato de eu ter praticamente a idade de Flávia atualmente foi um dos fatores que fez eu me identificar muito com essa história. Isso porque, quando criança, também brincava muito na piscina do meu condomínio, especialmente nos ralos de sucção, colocando os pés e as mãos. Que incrível,eu nunca havia sido alertada sobre o quão perigoso isso era.
Sei que eu não poderia ter dimensão da sua dor, mas, se te conforta, a maneira como você lidou e lida com a "ausência" de sua filha é incrível, exemplo de superação. Afinal, você fez da sua dor uma maneira de alertar a todos os perigos de uma piscina mal planejada, além de ter construído para essa princesa um reduto de muito amor, carinho e cumplicidade. Assim, onde quer que ela esteja, está bebendo de todo esse amor que você, especialmente, concede a ela todos os dias.
Parabéns pela sua superação, e que você esteja sempre forte para continuar amenizando seu sofrimento e, assim, fazendo dele uma maneira incrível de homenagear esse anjinho.

peciscas disse...

É bem verdade que, nas preocupações sobre acidentes em piscinas, normalmente ficam de fora as questões relacionadas com o funcionamento dos dispositivos de sucção. No entanto, este tipo de acidentes é mais frequente do que, por desconhecimento, se supõe, é provaca, em geral, danos bem gravosos para a vida dos acidentados.
Por tudo isso, continua a ser incompreensível esse silêncio do Deputado Perondi sobre o andamento da proposta de emenda à Lei Federal para Segurança nas Piscinas.
Mas nós continuaremos a insistir, não permitindo que o cansaço da espera nos sesmobilize da luta.

Sabrina Schweighofer disse...

Parabéns pelo seu blog! Parabéns por ser uma mãe apaixonada pela sua filha... Acho linda a novela da Globo que mostra o coma e o pós coma de Ana... É lindo ver que nestes momentos de angustia e aflição, vocês conseguem unir tantas forças e permanecer do lado, ajudando cuidando e dando amor... Eu perdi um tio, a uns 5 anos, que praticamente vegetava... apenas chorava e arrastava as pernas, nem no banheiro ou comer com suas mãos conseguia... e minha tia passou 10 anos do lado dele com ele nesse estado... admiro pessoas como vocês... é lindo e Deus deve abençoar muito vocês...

Lívia Queiroz disse...

Olá, meu nome é Lívia, tenho 25 anos, e morro de medo de ralos de piscina, desde q me lembro por gente. Desde qnd meu pai me contou uma vez qnd eu era bem criança sobre uma criança q ajudou a soltar do ralo da piscina onde essa criança ficou presa no club onde frenquantava na adolescencia.
Todo mundo sempre achou esse meu medo ridiculo e extremo, minhas amigas me zoavam(uma delas tinha piscina e eu e as outras sempre iamos brncar la) e meus primos tb.(tinha piscina na casa deles). Entao por mts vezes eu tb achei esse meu medo meio ridiculo, mas nao tinha jeito, continuava com panico de ralo de piscina. Pavor msm, tem gente q tem de elevador, altura, eu tenho de ralos de piscina. NUNCA cheguei perto de um. Eu fiz anos de natação, frequentava clubs, agora mora num comdominio que tem piscina. E eu ADORO piscina. Mas por nada do mundo eu chego perto do ralo, tenho panico msm. Sempre antes de entrar em uma q eu não conheça, eu dou a volta nela toda a procura de onde fica o ralo pra mim não chegar perto dele.
Vendo todas essas tragedias q acontecem causadas pelos ralos, me faz ver q meu medo é mais do q justificavel, e nao é nem ridiculo, nem extremo. Pq pelo q eu vi no seu blog o indice de acidentes é pior do que eu pensava. Entao fico feliz por ter sempre tido esse medo e por ele nunca ter corrido nenhum risco...

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