Este blog, criado em janeiro de 2007, é dedicado à minha filha Flavia e sua luta pela vida. Flavia vive em coma vigil desde que, em 06 de janeiro de 1998, aos 10 anos de idade, teve seus cabelos sugados pelo sistema de sucção da piscina do prédio onde morávamos em Moema - São Paulo. O objetivo deste blog é alertar para o perigo existente nos ralos de piscinas e ser um meio de luta constante e incansável por uma Lei Federal a fim de tornar mais seguras as piscinas do Brasil.

O dia a dia de Flavia: Uma rotina de dor e amor

- 7 de julho de 2008
Obs: Na data de 11.07.2008, conforme mostrado pelo sitemeter, este blog alcançou o número de 80 mil visitantes em um ano e meio de existência. A você que nos visita, comenta e divulga o blog de Flavia, MUITO OBRIGADA.

O post que publico hoje é quase uma cópia de um texto que em Janeiro deste ano, a pedido, escrevi para o blog Sidadania, de Portugal. Raul, autor do Sidadania é um infectado pelo vírus do HIV e um estudioso do assunto. Em seu blog, e com a colaboração de Paulo, outro infectado, Raul esclarece dúvidas e fornece informações preciosas sobre como lidar com a doença. O que isto tem a ver com o caso de Flavia? -A convivência diária com a dor. Raul acha que minha experiência em cuidar de Flavia em coma, pode ajudar os infectados a lidar melhor com o sofrimento e a entender que nem só na AIDS está a dor.

Além de Raul e Paulo, outras pessoas trabalham para que o Sidadania passe melhor a sua mensagem. Lidia, do Blog Silêncio Culpado, tem escrito textos e encabeçado debates que muito agregam à causa da AIDs. O autor do blog Adesenhar, um talentoso "desenhador" foi quem elaborou o logo do blog do Raul. Isabel Filipe, do blog Art&Design, também está sempre colaborando com seus trabalhos. E claro, os visitantes que passam pelo Sidadania, e aqueles que deixam seus comentários, possibilitam uma interação que beneficia a todos, seja pelo prazer de estarmos nos comunicando, seja pelo que entre nós vamos aprendendo. Sugiro que você ao entrar em um blog, deixe seu comentário sobre o post que leu, interaja com o autor do blog. A visita é importante, claro, mas é o comentário que permite essa interação, essa "troca" entre nós. Sugiro também que você leia os comentários deixados por outros visitantes. Alguns são preciosos e por si só dariam um post.

Pelo número de acidentes causados por ralos de piscinas que venho documentando neste blog, acidentes esses acontecidos no Brasil e no mundo, envolvendo não só crianças como adultos, pode ser constatado que Flavia é mais um exemplo do que pode acontecer quando equipamentos de sucção de piscinas são vendidos, instalados e mantidos sem a devida preocupação com a segurança desses equipamentos.

Quando aconteceu o acidente com Flavia eu trabalhava na empresa HP Brasil, na qual já estava há cinco anos. O Plano de saúde da empresa me permitia ter uma estrutura de cuidados com Flavia, Home Care, por exemplo. Por isso, após oito meses de internação hospitalar e ainda sem ter saído do estado de coma, eu, de comum acordo com Dr.Fernando Arita, até hoje neurologista de Flavia, optei por cuidar dela em casa, por achar que o aconchego do lar lhe faria bem, além de facilitar meus cuidados e atenção com meu filho, na época com 14 anos. Trabalhar, dar atenção a ele e estar presente no Hospital com Flavia não era tarefa fácil.

Após cinco anos do acidente, e certamente pela queda de minha performance no trabalho, fui demitida do emprego. Já há algum tempo sem o Home Care, montei uma estrutura própria com todos os profissionais mencionados como necessários pela perícia neurológica feita em Flavia. Essa estrutura de cuidados exigia entre outros profissionais, fisioterapia diária e duas auxiliares de enfermagem que trabalhavam em dias alternados, com carga horária de 12 horas cada uma. Depois que a empresa JACUZZI DO BRASIL deixou de pagar o valor mensal de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) que pagava à Flavia a titulo de tutela antecipada, tive que mexer nessa estrutura. Hoje aposentada, para cuidar de Flavia, eu conto apenas com a fisioterapia diária e uma auxiliar de enfermagem que trabalha em dias alternados.

Esta é a rotina de cuidados com Flavia, que vou descrever de forma simplificada.

Dia 01: Com ajuda da auxiliar de enfermagem.
06:00h – Preparo a primeira refeição de Flavia. Uma das seqüelas do acidente é uma severa disfagia – a incapacidade de engolir. Por isso toda medicação e alimentação têm que ser líquidas e dadas pela gastrostomia, uma cirurgia que através de uma sonda leva o alimento diretamente ao estômago.

08:00h – Chega Masé, a auxiliar de enfermagem que faz a higiene em Flavia e a veste para a fisioterapia. A higiene corporal é feita duas vezes ao dia e atenção especial é dada à higiene oral. Flavia nunca teve cárie e se tiver, será complicado tratar. Ela teria que ser internada e receber anestesia geral, já que ela não responderia à ordem do dentista de permanecer com a boca aberta. Depois da higiene e da fisioterapia, eu e Masé colocamos Flavia em uma cadeira de rodas especialmente feita e sob medida para as condições dela. Flavia fica um tempo na sala ouvindo música ou textos que Masé lê para ela. Enquanto isto, cuido dos afazeres da casa.

Por volta do meio dia eu e Masé descemos com Flavia para o jardim do prédio onde ela toma ar fresco, sol e recebe estímulos visuais e auditivos. Por volta das 13:30h subimos para o apto e recolocamos Flavia na cama. Deixo-a com Masé e saio para resolver os compromissos externos.

Durante o dia Flavia recebe alimentação e medicação em horários que devem ser rigorosamente obedecidos. É preciso estar atentas a qualquer sinal de desconforto para, se necessário, dar uma medicação extra ou mudá-la de posição para evitar a formação de escaras, que Flavia nunca teve. Sua pele é íntegra. Por causa das secreções que se formam em seus pulmões, ela precisa ser aspirada pelo nariz e por boca, várias vezes ao dia. Estas aspirações, feitas com uma sonda introduzida em seu nariz incomodam muito Flavia. Noto isto pela expressão do rosto dela.

Muito importante é dar a Flavia ou a qualquer paciente em estado de coma, além dos estímulos visuais, também estímulos auditivos. Mantenho no quarto de Flavia, um pequeno aparelho de som, e ali coloco músicas cuidadosamente selecionadas para ela. O repertório é variado. Roberto Carlos, Andrea Bocelli, Yanni, Enya, Mozart..... Além disso, com o notebook no quarto dela, coloco as mensagens de voz que nosso amigo António do blog Peciscas, também de Portugal, envia com frequência para Flavia. Ao colocar as mensagens de voz de António e as músicas que nossos amigos virtuais enviam para Flavia, sempre digo a ela de quem vem a mensagem. Faço o mesmo com os textos que os amigos escrevem e que leio para ela. É preciso conversar com pessoas em coma. É provável que nossa voz lhes cheguem como um carinho.

20:00h – Masé termina seu plantão.

À noite, fico sozinha com Flavia que dorme no quarto dela, ao lado do meu. Ambos os quartos ficam sempre com as portas abertas para que eu consiga ouvir qualquer ruído que possa significar uma necessidade de Flavia. Quase sempre ela dorme bem, mas às vezes, por causa do excesso de remédios que toma, acontece uma indisposição estomacal e ela vomita. É um momento difícil, mas vou lhes poupar dos detalhes.

Dia 02 – Sem a ajuda da auxiliar de enfermagem.

A rotina de cuidados é igual ao dia anterior, mas sem a auxiliar, Flavia permanece o dia inteiro na cama já que sem ajuda, é impossível eu sentá-la na cadeira de rodas. Sem a auxiliar de enfermagem, também é impossível eu sair de casa

Se vivo apenas em função de Flavia? Não.

Para sair de casa e me distrair um pouco, ou Masé faz um extra, ou contrato outra auxiliar de enfermagem que mantenho como reserva para essas ocasiões. Gosto de ir ao cinema, teatro, visitar museus, exposições. Nos dias em que tenho ajuda com Flavia, faço ginástica na academia do prédio. E como atividade solitária, gosto de ler e escrever e cuidar de minhas plantas.

A dor por ver diariamente Flavia inconsciente e dependente de todos pra tudo, obviamente existe e é dilacerante. O grande desafio é viver uma situação de dor sem nos tornarmos nós próprios uma dor para o outro, no caso aqui, para meu filho.

A dor há que ser trabalhada, sob pena de sucumbirmos a ela. Sem a pretensão de dar conselhos, mas sim como sugestão, eu lhe diria: Se você estiver passando por uma situação de dor, de sofrimento intenso, qualquer que seja a circunstância – qualquer – depois de um tempo de convivência íntima, de ter se entregue à sua dor de forma total e completa, reaja, saia do luto. Lute!

Lutar é que venho fazendo desde que Flavia sofreu esse acidente que lhe transformou dolorosamente a vida. Lutar é o que muitos brasileiros fazem, acredito, para fazer valer os seus direitos neste nosso país onde o sistema jurídico, por sua morosidade, nos deixa quase órfãos. Infelizmente nos deparamos com uma justiça por demais lenta e que por isto se torna uma justiça injusta. Infelizmente, a burocracia excessiva que torna nossa justiça essa máquina pesada, fazendo com que os processos se arrastem por anos a fio, acaba por punir as vítimas e beneficiar os culpados, além do que a impunidade é um incentivo à continuidade das negligências que certamente ocasionarão novos acidentes.

Obrigada pela atenção de vocês e até o próximo post.

36 comentários

R.Almeida disse...

Odele
Fico imensamente feliz pela republicação do texto que a meu pedido escreveu para o Sidadania.Para além de mim e do Paulo que pela força da circunstância de estarmos infectados pelo HIV, há um largo numero de pessoas que solidárias com a causa do HIV,contribuem para que o projecto "Sidadania" seja uma realidade e que a cada dia o nosso numero de leitores aumente, pois sem eles o projecto estaria condenado ao fracasso. De salientar a preciosa colaboração da Lídia com textos profundos que alertam as consciências, a Isabel Filipe com as suas maravilhosas ilustrações,o Adesenhar com o seu trabalho de desenho e a elaboração do nosso logo e também você minha querida com textos como este que são importantes para nós pois não nos limitamos a falar da nossa causa,pois acreditamos que a partilha da dor é salutar e que encarnando as dores dos outros somos aliviados do nosso sofrimento.
Desde que conhecemos o seu sofrimento e o de sua filha Flavia que o adoptamos como se fosse o nosso próprio sofrimento. Ficamos mais leves e esquecemos o martelar constante do nosso sofrimento, o qual se avoluma a cada instante se estivermos constantemente a pensar nele. Nas grandes tragédias da vida, depois de vivermos o luto de nossas dores durante algum tempo é preciso reagir e iniciar a nossa luta para nos libertarmos.
Um beijo para ambas e acredite que um futuro mais feliz, depende da intensidade que cada um de nós ponha na sua luta para que esse futuro aconteça.

Paula Raposo disse...

Sem palavras! Deste lado do oceano envio toda a minha força para vocês. Muitos beijos.

peciscas disse...

Se não te conhecessemos, este texto, por si só, mostraria a extraordinária dimensão humana que tens.
Já o disse várias vezes e vou continuar a dizê-lo.
As rotinas diárias que descreves deixa-nos quase que "esmagados". Porque, quantas vezes nos queixamos da "dureza" da vida, ao enfrentarmos situações que, afinal, comparadas com as que vives, sõa bem leves.
E és também exemplar, ao trnasmitires aos outros a tua própria coragem e determinação.
Quando dizes coisas como:
"O grande desafio é viver uma situação de dor sem nos tornarmos nós próprios uma dor para o outro"
ou
Se você estiver passando por uma situação de dor, de sofrimento intenso, qualquer que seja a circunstância – qualquer – depois de um tempo de convivência íntima, de ter se entregue à sua dor de forma total e completa, reaja, saia do luto. Lute!
dás-nos autênticas lições de vida.
Agradeço a referência que me fazes neste post. No entanto, como também já tenho dito, eu é que me sinto privilegiado por vos ter conhecido e por, de algum modo, poder estar um pouco "presente" junto de vós.
E o estar presente, é também deixar aqui, sob a forma de comentário, nem que seja breve e singelo, sinal de que "estamos cá".
Sei (também por experiência própria) que, muita gente, passa pelos blogs e sai em silêncio. Às vezes por falta de tempo, outras por não saber o que mais dizer, outras ainda por chegar por via de pesquisas longínquas e, por isso mesmo, não haver domínio da linguagem que se utiliza no blog..
Mas, sugiro a todos os que passarem por aqui que deixem, quanto mais não seja, a sua assinatura, mesmo que sem texto ou quando muito apenas uma marca de presença.
Por exemplo:
:)

david santos disse...

Olá, Flavia!
Hoje venho contar-te algo, que apesar de ter acontecido há 18 anos, eu ainda sinto muito e tenho muito saudade: Cazuza. Cheguei a ouvir alguma música desse grande "MonstrO" do Rock brasileiro.
Deixo aqui os melhores desejos de saúde e felicidade para ti, ao mesmo tempo que a saudade me transborda o cérebro.
Abraços.

Maria Dias disse...

Oi Odele...

Soube de um caso em especial sobre uma criança q foi muito divulgado na impreensa provavelmente q tenha sido de Flávia e q me chocou muito.Um caso muito triste o seu querida.Sei como é um filho doente pois tenho um filho meu teve TOC(transtorno obsessivo compulssivo)e sofri muito.Hoje quatro anos depois ele não sofre mais do transtorno mas ainda depende dos remédios.Voltarei para ler o blog com mais calma.Neste momento minha cabeça ferve...Pq Flavinha? Pq as crianças?São tantas as injustiças mas quem somos nós para julgar a Deus não é mesmo?Odele não preciso nem lhe desejar força por que sei q isto vc tem de sobra.Q Deus esteja com vcs!Estarei sempre por aqui com toda a certeza e colocarei o endereço do blog de Flávia nos meus preferidos...Abraços!

Unknown disse...

Olá queridas amigas,
Neste momento estou sem palavras, erante tudo o que acabo de ler, não quero no entanto deixar de dizer que você Odele não é só uma MÃE CORAGEM, você é também uma CORAJOSA GUERREIRA no verdadeiro sentido da palavra, que DEUS a ajude querida amiga, e que se lembre de Flávia, porque ainda assim, apesar de ter consciência do quão é dificil a recuperação de Flavinha, eu quero continuar a acreditar que a DEUS nada é impossivel.
Beijos, Ana Martins

Águas da Vida News disse...

Que dor amiga ler esse post e ver como a tua luta é grande!
Desejo de coraçao um excelente inicio de semana.
Big Kiss

Ana Baldner disse...

Odele, cheguei hoje ao seu blog e fiquei muito emocionada com a sua narrativa e sentida tbm.

É uma história triste mas que destaca a força que o seu amor de mãe tem.

Que Deus te dê força e a Flavia tbm...

Um grande Beijo a Vc e sua filha

SILÊNCIO CULPADO disse...

Odele
Fiquei a pensar, lendo os teus relatos, que o ser humano vai buscar forças nunca antes imaginadas para enfrentar os reveses da vida. Mas sem dúvida que os reveses com os filhos são os que mais nos fazem sofrer.
É preciso muita força para se ser tão forte.
E o pior de tudo é este sentimento de impotência perante uma caminhada tão agreste e, sobretudo, a revolta perante uma justiça que tarda a cumprir-se.
Beijos

Fatyly disse...

Eu li o teu texto no Sidadania bem como os comentários que se fazem em qualquer post.

És o exemplo de uma mulher forte (sabe Deus quantas vezes se vai abaixo) perante a inércia de um filho nas condições de Flávia, provocadas por incúrias e que revolta qualquer um.
Mas ao ler a leveza das tuas palavras (sabe Deus por vezes a tua vontade de partir as trombas aos imbecis) sente-se que sem lamechas não baixaste os braços e lutas, lutas...e todos juntos LUTAREMOS pelo fim desse calvário processual e burocrático para que se faça JUSTIÇA.
Os governos gastam e enchem-se à custa dos povo, mas pelo povo nada ou quase nada fazem, nomeadamente na celeridade judicial. Mas quando se ergue a voz de um povo tudo muda.

Força Odele e eu acredito que mais dia menos dia, um milésimo da tua dor irá acabar na barra do tribunal, porque a outra terá que continuar "a ser trabalhada".

Um abraço minha amiga

Unknown disse...

Odele, fiquei emocionada com suas palavras, não vou lhe dizer forças porque essas sei que vc já tem, mas desejo que Deus sempre esteja ao seu lado.
Vou conituar acompanhando seu blog, pois através dele também tenho forças.
beijos
Keli

Mondo Gatto disse...

Olá! Já li uma vez este post, agora reli e descobri que não tinha esquecido de nada! O que você e Flávia deixam para o mundo é uma inestimável prova de solidariedade e amor incondicional. Como sempre, me emociono! Bjos prá vocês.

Águas da Vida News disse...

Passadinha para te desejar um explendido dia.
Beijos no seu coraçao.

Anônimo disse...

Oi Odele!!!
Imensa honra em receber sua visita em nosso blog!!
Acompanhamos, eu e minha sócia (fisioterapeutas), a sua luta e dedicação, e ficamos muito emocionadas!!
A Dani, minha sócia, é fisio especializada em Bobath (neuro) e se apegou no caso da Flávia.
Vc querida mãezinha, é mais que lutadora, vc é um anjo na vida da Flavia, e agora será um exemplo para nós aqui da Pro Fisio. Seu exemplo será repassado por nós!

Agora, só uma curiosidade...como conheceu nosso blog?rsrs
uma visita assim ilustre gera curiosidades...rsrs

bjos minha querida "anjinha"

e muuuuuuuuuitos bjos na Flavia!
Camila e Dani

Fernando Nerú disse...

Querida Odele, gracias al traductor que hay en tu blog, el cual es una herramienta indispensable para quienes nos agrada sobremanera visitar tu espacio y absorber tus vivencia diarias al lado de Flavia, a quien sin conocer le he llegado a tener gran estima. Por ello si Dios me lo permite,en estos dias creare un poema con mucho amor para ella, y lo publicare en mi blog con la respectiva dedicación.
Un abrazo con mucho amor para ti, por el gran amor que reboza en tu ser por una gran mujercita como lo es tu amada hija.
Que Dios este siempre con vosotros, fortaleciendo vuestros espiritus y bendiciendo con su amor perfecto cada uno de sus pasos.

Zé Povinho disse...

Cara Odele
Tenho andado muito ocupado com trabalho nos últimos tempos, deixando de lado alguns comentários em espaços de amigos, mas hoje aproveitei um tempinho para deixar aqui um
Abraço do Zé

Anônimo disse...

ODELE

Vc e Flávia nunca estarão sozinha....sempre estarei disposta a colaborar com meu amor!
beijos meninas

Maria Dias disse...

Oi querida...

Passando por aqui para desejar-lhes uma noite de paz.Semana que vem voltarei com mais calma para ler-te.Adorei a música de Andrea Bocelli oferecida para Flavinha linda!
Fiquem bem e que Deus as proteja!

Beijinhos nas duas!

addiragram disse...

A força infinita de quem ama.Uma lição para todos os que se lamentam de "grandes" pequenas coisas. Os dois últimos parágrafos dizem tudo.Um abraço deste lado do mar.

C Valente disse...

A força está dentro de cada um de nós Recomendo tambem ver o blog http://aromasdeportugal.blogspot.com/ Tema principal: AUTISMO
Saudações amigas

Anônimo disse...

Hola Odele, hola Flavia; hace unos días hice este poema y hoy cuando ví un comentario tuyo en el que decías que le lees a tu hija, me vino desde el corazón una señal de que se lo dedicara a tu hija Flavia. Espero le guste; va con mucho amor para ella y para toda tu familia.Besos.

Era la Luna anaranjada...

Era la Luna anaranjada, para mi
y el Sol, lo mismo pero más caliente;
las flores, frutas que iban al jardín,
un “no”, miles de por qué entre dientes.

Y eran las luciérnagas oro alado
aferradas a mi vestido,
no volar, fue lo pactado
pues el príncipe ya había venido.

Y al término de la velada
una alfombra me llevó a pasear
y al dejarme sobre la almohada
otro sueño volvía a comenzar.

Fue un tiempo de fantasías
coloreadas a mi manera
de risas acaloradas, pasiones y rebeldías,
de voces que murmuraban: hay límites, mas no fronteras.

Olga Teresa

Arnaldo Reis Trindade disse...

Sem palavras pra descrever o que acabo de sentir a o ler este texto, Odle, saiba que sempre estaremos contigo, ajudando mesmo com apenas com palavras,gestos, orações, mas estaremos contigo e Flávia.

Parabens pela super mãe e super ser humano que és.

Beijos pra tí e pra Flávia.

Mark O Terrível™ disse...

Hi Odele my dear!

I´m pretty sure Flavia and you will love the song I´ve just posted in my blog!

http://markoterrivel.50webs.com/

Anônimo disse...

Odele,

Fico sem palavras diante do que li. Um misto de revolta e indignação, de dor mesmo. Sou advogada e impunidade é algo que me tira do sério. Os crimes , negligências e erros se repetem porque não há uma resposta dura do Poder Público, no dia que alguém for responsabilizado e ficar 20 anos na cadeia, pelo menos, estas coisas não acontecerão mais!

Eu quero conversar com você um dia. Sou uma sobrevivente Odele.

Flávia, vou orar muito para que você consiga se recuperar, porque você está aí firme e forte e só posso dizer que torço por um sinal seu, um som, qualquer som que você consiga fazer. Tenha esperança porque você tem uma Mãe SuperPoderosa e a Medicina está avançando com as Células tronco que são tratamentos novos. Um beijo para você Flávia.

Odele, beijos e desejo muitos momentos de alegria em tua vida, pois se não sei da sua dor, sei a dimensão que pode ter uma Mãe ver a filha numa cama assim. Felicidades e fica com Deus!
Lica

Lucia disse...

Odele:

Estou passando para deixar um beijo para você para a Flávia.
Fiquem com Deus!

Anônimo disse...

Oi Odele, eu sou gabriella, tenho 10 anos, e quando a flavia estava eu coma eu estava nascendo...
Poxa!!! Eu sinto muito pelo oq aconteceu com sua filha, e oro todos os dias por ela, desde quando visitei seu blog!!! Eu acho uma injustiça e meus pais conhecem um advogado, se ele puder te ajudar.. eu converso com eles, só quero ver a Flavia acordar!!
Obrigada,
Tchau!!!!

Anônimo disse...

Odele, passando para oferecer meu abraço a você e Flavinha. Junto um abençoado fim de semana!!!Eliana -Mogi Guaçu-SP.

Unknown disse...

Olá queridas amigas, Odele e Flavinha,
Passei para agradecer sua visita a meu blogue e deixar um beijão bem grande pra vocês.
Um Domingo com muito amor e paz,
Ana Martins

Branca disse...

Olá Odele,

Ao fim de um ano, você continua contando aqui a luta de Flávia e a sua, sem esmorecer.
Não tenho palavras para uma mulher tão grande como você.

Saio emocionada e desejo-lhe um Domingo o melhor possível, lendo, ouvindo música, fazendo o que gostar, ainda que com poucos momentos livres e mesmo que não tenha ajuda da auxiliar de enfermagem.

Um beijinho muito grande
Branca

Luci Lacey disse...

Odele

Lindo post, linda vc Odele.

Parabens.

Beijinhos em Flavia e vc, tenham uma boa semana.

Postei este post.

SILÊNCIO CULPADO disse...

Odele
Passo para te abraçar. Meu caminho faz sentido quando encontro pessoas como tu e quando tenho a ilusão que, ainda que pouco, o calor de cada um ajuda a aquecer os dias agrestes.
Um beijo para ti e outro para Flávia

Anônimo disse...

Odele, nós temos que reagir.Mesmo que a dor nos dilaceree ´pareçaser intensa. Vc está certa,sim.
Outro dia,eu fui muito criticada - deforma velada em blogs - por ter aanorexia nervosa e síndrome do pânico e, debaixo de chuva, tremendo, ter entrado num avião da SAA no aeroporto de Guarulhos e embarcado para o campo de refugiados na África. Mas eu precisava vencer meus medos e não me tornar refém deles.
Eu tento levar uma vida normal memsmo que em alguns momentos ela tente me sufocar.
EU ADMIRO DEMAIS A SUA LUTA. PENA QUE NOSSO PAÍS TENHA UMAJUSTIÇA TÃO MOROSA E DESRESPEITOSA COM O CIDADÃO. Por isso que ao concluir o curso de Direito, eu optei por outro caminho.
Bjs e dias felizees
Grace Olsson
www.eueorenascerdascinzas.blogspot.com

Anônimo disse...

Odele, embora você já tenha explicado vários detalhes a respeito de Flavia, e também a respeito dos necessários estímulos proporcionados a ela, gostei muito de ler esta rotina que você postou aqui. Isso me faz ficar ainda mais apaixonado por Flavinha, e tenho certeza que ela está em boas mãos: nas mãos da mamãe, nas mãos das profissionais de saúde, e nas mãos da Virgem e de Jesus.

Ray Gonçalves Mélo disse...

Odele, querida amiga,tua luta é grande , mas voce cumpre tudo com amor.
O amor a esa filha supera qualquer barreira.
Flávia com ceteza vê e sente este carinho e voce sabe disso.
Te desdobras para ela estar sempre bem e CONSEGUES!
Ao ver teu rosto no post acima vemos que teu trabalho não é em vão!
Fazes de tudo que podes para ver esta menina bem.
Flávia precisa de uma assistência continua para viver e acordar.
Será que algum Juiz vai lhe negar esta oportunidade?
Esperemos minha querida amiga Odele , que eles não lhe neguem isto.
Seria cruel e desumano.
Beijo para voce e Flávinha.
Ray

Carolina disse...

Olá ..
Me chamo Carolina , tenho um filho de 6 anos que tbem vive em estado vegetativo , a 4 anos , por um acidente tbem em piscina , ele caiu e ninguem viu . Achei seu bolg , e gostei muito . Se houver outra forma de mantermos contato , ficaia feliz , estou justamente lutando com uma escara que esta se formando na orelhinha dele , mais no corpinho ele nunca teve escaras . Deixarei meu msn , adoraria manter contato ...carolinda775@hotmail.com

Mil Beijoos emuita força .

Unknown disse...

Boa noite Odele fiquei muito triste com que aconteceu com sua filha,porque eu tbém tenho duas filhas 16 anos 13 anos nós três choramos quando lemos sua história só Deus para te ajudar confia em Deus.
Vou orar por ela todos os dias .

Bia

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