Este blog, criado em janeiro de 2007, é dedicado à minha filha Flavia e sua luta pela vida. Flavia vive em coma vigil desde que, em 06 de janeiro de 1998, aos 10 anos de idade, teve seus cabelos sugados pelo sistema de sucção da piscina do prédio onde morávamos em Moema - São Paulo. O objetivo deste blog é alertar para o perigo existente nos ralos de piscinas e ser um meio de luta constante e incansável por uma Lei Federal a fim de tornar mais seguras as piscinas do Brasil.

O RALO SUGOU OS CABELOS. POR QUE?!

- 24 de março de 2007
A forma desrespeitosa como fui tratada pelo síndico do prédio, pelo advogado do condomínio e pelo representante da seguradora, me fez refletir e decidi que não continuaria na constrangedora situação de fazer bingos e rifas, quando havia um seguro que por direito já deveria ter sido pago. Além disso, comecei a me questionar do porquê de Flavia ter ficado com os cabelos presos ao ralo da piscina. Alguma coisa deveria estar errada com o sistema de sucção. Era preciso investigar.

Comecei então, por conta própria, uma obstinada investigação junto ao ralo da piscina. Ao chegar do trabalho, todos os dias, mesmo com a noite já começando a chegar, eu vestia uma roupa de banho pegava uma boneca de Flavia e mergulhava na piscina, aproximando o cabelo da boneca o mais próximo possível do ralo, para ver se sugava. Moacir, o zelador me observava e dizia coma ar de deboche:

- A senhora é mesmo teimosa dona Odele, eu já lhe disse que o ralo da piscina não suga cabelo de ninguém.

Eu, com ímpetos de lhe pular no pescoço respondia:

- Pois sugou o cabelo de Flavia senhor Moacir, e pode acreditar, isto ainda será provado!!

Cada vez mais convencida de que o sistema de sucção daquela piscina foi quem causou o acidente que interrompeu a infância saudável de minha filha, e sem ainda ter conseguido receber o seguro do condomínio, saí em busca de um advogado que aceitasse provar que Flavia teve sim, os cabelos sugados pelo ralo da piscina.

E aí começaria uma dura batalha: Encontrar um advogado que aceitasse a causa, e mais, que aceitasse receber seus honorários ao final de tudo. Um amigo da HP me indicou um conhecido dele, pessoa importante, excelente profissional me dizia ele. Nunca consegui falar pessoalmente com esse advogado, nem jamais lhe vi o rosto. De todas as vezes que eu telefonava, ele me dizia que por estar muito ocupado não poderia me receber, mas que eu mandasse então toda a papelada que eu tivesse sobre o acidente que ele analisaria. Fiz isso e fiquei aguardando, telefonando semanalmente para o homem para saber se ele já tinha uma posição. A espera me deixava ansiosa e agoniada.

Um comentário

Anônimo disse...
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